Família do ex-presidente e ministros do governo acompanham o processo; restos mortais devem chegar na tarde desta quarta-feira a Brasília
Por Da Redação
13 nov 2013, 10h54
Quase 37 anos depois da morte do ex-presidente João Goulart, o corpo começa a ser exumado nesta quarta-feira. Peritos afirmam que será possível determinar as causas da morte de Jango. A exumação dos restos mortais do político deposto no golpe militar de 1964 começou pouco antes das 8h desta quarta-feira em São Borja, Rio Grande do Sul. A expectativa é que o processo dure três horas.
Obrigado a deixar o posto de presidente do Brasil, em 1964, em decorrência do golpe militar, Jango morreu em 1976, durante exílio na Argentina, vítima de um infarto. Familiares do ex-presidente, porém, contestam a versão oficial sobre sua morte e, desde 2007, lutam na Justiça pela exumação dos restos mortais. A suspeita da família é que o ex-presidente foi envenenado por oficiais uruguaios a mando do governo brasileiro.
O neto de Jango, João Marcelo, acompanha o processo de exumação do corpo. Também acompanham os trabalhos a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).
Exumação – Um dos fatores que poderiam atrapalhar a análise dos restos mortais seria a umidade do solo do Cemitério Jardim da Paz, onde o corpo de Jango está enterrado.
Há risco, inclusive, de esfacelamento da madeira, por causa de infiltrações. Se estiver em bom estado, o caixão será colocado em uma urna maior. Após ser lacrada, seguirá para a cidade gaúcha de Santa Maria e, de lá, para Brasília, em avião militar.
A previsão é que o corpo de Jango chegue ao Distrito Federal no fim da manhã desta quarta-feira. A sua volta a Brasília, quase 50 anos depois de deposto pelo golpe militar de 1964, deve contar com honras de chefe de estado. Devem acompanhar a chegada do corpo a presidente Dilma Rousseff e representantes das Forças Armadas.
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A exumação faz parte das investigações da Comissão da Verdade. Os restos mortais serão levados para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para exames antropológicos e de DNA; a análise toxicológica será feita em laboratórios no exterior.
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, o laudo da perícia irá auxiliar as investigações abertas pela Comissão da Verdade, no ano passado, para comprovar as causas da morte.
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