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Executivos da Camargo Corrêa fecham acordo de delação

Dalton Avancini, presidente da construtora, e Eduardo Leite, vice-presidente, podem revelar novos nomes ligados ao esquema de corrupção na Petrobras

Por Da Redação
28 fev 2015, 00h27

Dois altos executivos da construtora Camargo Corrêa, o presidente Dalton dos Santos Avancini e o vice-presidente Eduardo Leite, acertaram na noite desta sexta-feira acordos de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção bilionário na Petrobras. O presidente do Conselho Administrativo da construtora, João Ribeiro Auler, que também tentava um acordo semelhante, não teve o pedido homologado. Os investigadores consideram que ele não revelou tudo o que sabe sobre as fraudes nos contratos entre empreiteiras e a estatal. Os procuradores, contudo, ainda não descartaram incluir Auler entre os delatores da Lava Jato.

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Além da expectativa de uma possível redução de pena, o presidente e vice da Camargo Corrêa concordaram em pagar, cada um, uma multa de 5 milhões de reais. Eles podem revelar novos nomes ligados ao esquema na Petrobras. Avancini é acusado, junto com o presidente do conselho João Auler, de particiarem ativamente do clube do bilhão, o cartel de empreiteiras que fraudava contratos com a petroleira e distribuía propina a agentes públicos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, para garantir que pudessem monopolizar grandes obras, a Camargo Corrêa e as demais empreiteiras destinavam uma porcentagem de cada contrato para o pagamento de propina. Segundo os investigadores, os dirigentes da Camargo teriam pago pelo menos 1% sobre o valor dos contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, então comandada por Paulo Roberto Costa.

Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Correa
Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Correa (VEJA)
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“Em relação aos agentes da Camargo Corrêa, há diversas razões especificadas na denúncia para a imputação, como o depoimentos dos colaboradores, o envolvimento deles na celebração dos contratos fraudulentos, o fato de figurarem em comunicações eletrônicas com o grupo dirigido por Alberto Youssef ou o próprio resultado da busca e apreensão”, resumiu o juiz Sergio Moro ao aceitar denúncia contra os executivos da companhia.

Dalton Avancini ainda assinou os contratos das obras nas quais as fraudes foram constatadas, além de ter celebrado contrato fraudulento com a Costa Global – empresa de Paulo Roberto Costa – para dissimular o pagamento de propina.

Já Eduardo Leite é citado em um dos diálogos interceptados durante as investigações da Lava Jato. No áudio, o doleiro Alberto Youssef diz ter recebido 9 milhões de reais em propinas, pago 20% e repassado o resto para “Leitoso”, como o executivo era chamado pelos criminosos. A força-tarefa montada pelos procuradores avalia que a Camargo Corrêa pagou propinas a empresas de fachada de Youssef, em operações com fornecedores da construtora.

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