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Executiva Nacional do PT rompe com o PSB e lança Patrus em BH

Partido vai entregar os 900 cargos que ocupa na administração do socialista Márcio Lacerda, que concorre à reeleição

Por Thais Arbex
3 jul 2012, 18h37

A Executiva Nacional do PT aprovou nesta terça-feira, em São Paulo, o fim da aliança com o PSB em Belo Horizonte e indicou o nome do ex-ministro Patrus Ananias como o candidato petista na capital mineira. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff foram consultados e aprovaram a indicação.

Embora o partido tenha formado uma comissão eleitoral para aprovar o nome do ex-ministro, o PT já programou ato na cidade na próxima quinta-feira, com a presença do presidente nacional do partido, deputado Rui Falcão, para oficializar o lançamento da candidatura de Ananias.

O rompimento do PT com o PSB havia sido anunciado nesta segunda-feira pela executiva estadual, depois do prefeito Márcio Lacerda, candidato à reeleição, romper o acordo com o PT de dividir com os petistas a coligação para as candidaturas a vereador. Os petistas entregarão ainda nesta semana os cerca de 900 cargos que ocupam na gestão municipal.

Rompimento – Para indicar Patrus Ananias, o PT teve que convencer o atual vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho (PT), a desistir de se candidatar. Nesta segunda-feira, dois dias depois de romper com os socialistas, Carvalho registrou seu nome na Justiça Eleitoral como o candidato do PT à prefeitura da capital mineira. Ele desembarca nesta quarta-feira em São Paulo para um Encontro com Rui Falcão. A expectativa do partido é que ele retire a candidatura para apoiar Ananias. O PT espera anuncia-lo coordenador da campanha petista.

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Indicado para a vice de Márcio Lacerda, o deputado federal petista Miguel Corrêa Junior abriu mão da vaga em nome da unidade do partido. O PT trabalha agora para formar a chapa com o PMDB.

“O prefeito Márcio Lacerda rompeu um acordo escrito e nos não podemos ficar na expectativa do que eles vão fazer. O PT não é um partido subalterno. O PT tem seu caminho, tem dignidade, tem política, tem quadros. Eles recusaram a aliança a qual tínhamos aderido, indicando o vice”, afirmou o presidente nacional petista, Rui Falcão. “O rompimento na política é uma coisa gravíssima.” Segundo Falcão, em Belo Horizonte, havia um acordo escrito entre PT e PSB, que foi “rasgado pelo prefeito Márcio Lacerda. Unilateralmente”, disse.

Embora o presidente nacional do PSB, Eduardo Campo tenha convocado uma reunião da Executiva Nacional socialista para esta quarta-feira, o PT afirma que o fim da aliança é irreversível. “Não tem volta. Temos candidatura própria e estamos unidos para enfrentar a disputa em Belo Horizonte”, afirmou Miguel Correa Junior.

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Rui Falcão afirmou que conversou com o vice-presidente socialista, Roberto Amaral, que lhe pediu um tempo para reverter a situação na capital mineira. “Mas ele não conseguiu”, disse.

Bastidores – Nos bastidores, o rompimento em Belo Horizonte é visto como mais um movimento do governador Eduardo Campos de descolar o PSB do PT. Campos tem projeto nacional de disputar a presidência da Republica. “Não vejo nenhuma intenção do governador Eduardo campos de precipitar a sucessão de 2014 agora”, desmente Rui Falcão. “Até porque ele tem dito que estará com a presidente Dilma.”

A relação entre petistas e socialistas começou a ruir depois das divergências internas do PT no Recife, que levaram Campos a romper a aliança de 12 anos na cidade e lançar candidatura própria. Em Fortaleza, os constantes embates e conflitos entre a prefeita Luizianne Lins, do PT, e o governador Cid Gomes, do PSB, também levaram as legendas a lançar candidatos próprios. Das nove capitais nordestinas, o PSB terá candidatos próprios em cinco.

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