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Ex-vereador do Rio comandava milícia de dentro do presídio

Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público denuncia o ex-vereador e ex-bombeiro Cristiano Girão por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

Por Da Redação
6 ago 2012, 16h14

No momento em que a Justiça Eleitoral se mobiliza para evitar a influência perversa das milícias nas eleições no Rio de Janeiro, uma denúncia do Ministério Público mostra o quanto o poder das quadrilhas está vivo no estado. Preso desde 2009, o ex-vereador e ex-bombeiro militar Cristiano Girão Matias foi denunciado por formação de quadrilha armada e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui outras 10 pessoas, entre elas a irmã de Girão, Roselaine Castro Girão Vida, e a mulher dele, a cantora de funk Samantha Miranda dos Santos Girão Matias.

A nova denúncia contra o miliciano foi motivada por uma investigação conduzida pelos delegados Antonio Ricardo Lima Nunes e Maurício Mendonça de Carvalho, da 32ª DP (Taquara). Na manhã desta segunda-feira, policiais foram à localidade Gardênia Azul, em Jacarepaguá, onde, segundo os policiais e promotores, o grupo de Girão ameaçava moradores e comerciantes. No local foram presos Fabiano de Souza Salustiano, conhecido como “Rolamento”, e Robson Dias Delgado, conhecido como “Índio”. O grupo mantinha influência na associação de moradores de Gardênia Azul, onde foram apreendidos 15 mil reais e cédulas de dólar e euro.

A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que atua contra milícias e envolvimento de agentes públicos com quadrilhas. A investigação descobriu que Girão, de dentro do Complexo Penitenciário de Bangu, onde está preso, passava recados para “subordinados” a partir de quem o visitava. A irmã e a mulher do acusado seriam as principais responsáveis por transmitir esses recados, além de aturem como “laranjas”, pois figuram como donas de imóveis explorados por Girão.

O braço armado do grupo de Girão faz uso de “armas de fogo como meio de intimidação, para manutenção do império e garantia da lei do silêncio”, diz um trecho da denúncia oferecida pelo Gaeco. O juiz Marco Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, decretou a prisão preventiva de Girão – que já cumpre pena – e de seis denunciados.

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