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Ex-diretor da Odebrecht enviou R$ 11,4 milhões para o exterior, diz Moro

Repasses de dinheiro foram utilizados pelo juiz como argumento para afirmar haver risco de fuga do executivo Márcio Faria, preso na 14ª fase da Lava Jato

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jul 2015, 15h58

O ex-diretor da Odebrecht Márcio Faria, preso na Operação Lava Jato, enviou 11,4 milhões de reais para o exterior depois do início das investigações sobre o escândalo do petrolão. Os repasses, realizados em quatro cotas entre agosto e setembro do ano passado, foram utilizados nesta terça-feira pelo juiz federal Sergio Moro como indício de que o executivo poderia fugir do país ou continuar a praticar crimes se tivesse a prisão preventiva revogada. Na avaliação do magistrado, “há prova, em cognição sumária, de que a Odebrecht utiliza-se, para a prática dos crimes, de empresas e contas de fachada, movendo-se no mundo das sombras”.

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Em um ofício encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Sergio Moro afirmou que o fato de Márcio Faria ter se afastado dos quadros da Odebrecht e de ter entregado os passaportes às autoridades não é suficiente para minimizar o risco de fuga ou as chances de ele destruir provas do esquema criminoso. O juiz lembrou que Faria também tem nacionalidade suíça e não poderia ser extraditado caso fosse condenado no Brasil e se refugiasse no país europeu. Ele citou como exemplo o episódio envolvendo o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que foi condenado no julgamento do mensalão, fugiu do Brasil e ainda aguarda para ser extraditado da Itália.

Nas explicações remetidas ao TRF 4ª Região, tribunal que vai analisar o mérito de um pedido de habeas corpus do executivo, o juiz voltou a rejeitar a interpretação de que as prisões na Lava Jato serviriam para forçar confissões e disse que a custódia dos suspeitos é necessária “para interromper o ciclo delitivo e a sangria aos cofres públicos”. “Quer sejam crimes violentos ou crimes graves de corrupção, ajuste de licitações e lavagem, como é o caso, a prisão cautelar justifica-se para interrompê-los, já que reiterados e sistematizados, e para proteger a sociedade e outros indivíduos de sua renovação”, afirmou.

Para o juiz responsável pela Lava Jato, as provas contra o executivo Márcio Faria não se resumem às delações premiadas de colaboradores como o doleiro Alberto Youssef ou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Existem, segundo ele, documentos de contas no exterior, recibos de depósitos atribuídos à Odebrecht, tabelas com referência à empresa como integrante do clube do bilhão e registros em um celular apreendido com o doleiro Alberto Youssef de mensagens eletrônicas, telefones e e-mails de executivos da companhia.

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