Ex-coordenador da Lei Seca admite que bebeu “uma taça de vinho” antes de atropelamento
Advogado do subsecretário de estado Alexandre Felipe Mendes classifica episódio como "fatalidade"
O subsecretário de Estado da Região Metropolitana, Alexandre Felipe Mendes, se apresentou espontaneamente na 81ª DP (Itaipu) para esclarecer detalhes do atropelamento de quatro pedestres na noite de quinta-feira. Até fevereiro, ele integrava a equipe da Operação Lei Seca. Nesta sexta, o advogado de Mendes, José Maurício Ignácio, afirmou que o seu cliente tomou uma taça de vinho antes do acidente.
“Ele perdeu o pai há uma semana. Esse acidente foi uma fatalidade. Pelo o que eu vi, ele bebeu uma taça de vinho”, disse o advogado. Ignácio também pôs culpa na localidade onde ocorreu o acidente: “O local do acidente é cheio de buraco e escuro. Uma bicicleta apareceu do nada e bateu no carro”. O subsecretário fez exame no Posto Regional de Polícia Técnico-científica de São Gonçalo, após cerca de 15h do atropelamento.
O resultado prévio do laudo deu negativo para a presença de álcool no sangue de Mendes, segundo informou a Polícia Civil. No registro de Ocorrência consta que após atropelar uma pessoa, ele bateu em um poste. O subsecretário não prestou socorro às vítimas. Um delas, um homem identificado como Ermínio Cosme, está em estado gravíssimo, com traumatismo crânio-encefálico e traumatismo cervical. Ele respira com a ajuda de aparelhos.
Ainda de acordo com o registro de Ocorrência, Mendes dirigia um Mistubishi Pajero preto e foi resgatado aproximadamente dez minutos após o atropelamento, por um Honda Civic prata. O subsecretário poderá responder por lesão corporal culposa, sem intenção de matar. Na delegacia, ele disse ter bebido meia taça, e que essa quantidade estava dentro da quantidade que poderia ser ingerido por lei.
Mais cedo, o governo do Rio enviou nota lamentando o ocorrido e disse que Mendes havia atropelado uma pessoa- a polícia confirma quatro vítimas. O documento do governo diz: “Quanto ao fato ocorrido, cabe ao subsecretário responder como todo cidadão comum”.