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Estados: vitória em Minas turbina PT, e PSB encolhe

PSDB consegue manter São Paulo e Paraná, dois dos principais colégios eleitorais brasileiros. PMDB é o partido que mais pode crescer no 2º turno

Por Felipe Frazão 7 out 2014, 07h34

Os principais partidos brasileiros saíram do 1º turno neste domingo com uma nova correlação de forças nos Estados, onde se dividem os 142 milhões de eleitores do país. O PSDB garantiu a liderança no tamanho do eleitorado sob sua gestão e não poderá mais ser alcançado por nenhum outro partido em 2014. No entanto, os tucanos perderam terreno para o PT. Apesar de ter eleito quatro governadores, até agora o melhor desempenho, o PMDB ainda depende do 2º turno para definir seu peso estadual. Já o PSB sofreu uma desidratação irreparável neste ano e ficará aquém do eleitorado que passou a governar em 2010, quando fez seis governadores.

Ao manter o domínio na Bahia e vencer em Minas Gerais e no Piauí, o PT superou o tamanho do eleitorado conquistado em 2010. Independentemente de vitória ou derrota de seus quatro candidatos a governador que disputam segundo turno, o PT já garantiu saldo positivo. Há quatro anos passou a governar 22,4 milhões de eleitores (15,7%), e nessas eleições já passou de 27,7 milhões (19,4%) – mais da metade deles, 15,2 milhões (10,6%), em solo mineiro. O ex-ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), que tirou Minas do PSDB, desponta como o principal governador petista a partir de 2015.

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Supremacia – No entanto, os petistas não conseguirão superar o peso dos governadores tucanos neste ano. Mesmo que ganhe no Acre, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Ceará, o PT somará no máximo mais 16,9 milhões de eleitores (11,8%) – quantitativo insuficiente para atingir o eleitorado sob administração do PSDB. O poder estadual do PSDB se deve a mais uma vitória na “joia da coroa” brasileira: São Paulo e seus quase 32 milhões de eleitores (22,4% do país), onde governa há vinte anos.

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Além da vitória de Geraldo Alckmin, o PSDB também reelegeu Beto Richa no Paraná (7,8 milhões, 5,5%). No entanto, os tucanos governarão a partir de 2015 um eleitorado menor do que o conquistado em 2010, mesmo que vençam nos seis Estados nos quais disputam o segundo turno: Acre, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraíba. Há quatro anos, o PSDB passou a governar quase 68 milhões de brasileiros, 47,5% do total. Agora, pode chegar a no máximo 55,6 milhões de pessoas, o equivalente a 38,97%.

Incógnita – O único partido com chances se aproximar dos tucanos é o PMDB, partido que mais disputará governos no segundo turno. Por enquanto, o resulto dos peemedebistas foi proporcionalmente tímido, apesar de positivo. As vitórias de Paulo Hartung (ES), Renan Filho (AL), Jackson Barreto (SE) e Marcelo Miranda (TO) garantem um eleitorado de apenas 7,1 milhões de pessoas (4,9%).

O partido também não terá chances de superar o PSDB, mas segue na disputa em oito Estados: Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Rio Grande do Sul. O eleitorado somado é de 42 milhões de habitantes, o que equivale a 29,4% de todo o país. Para ao menos igualar o desempenho de 2010, o PMDB precisa reeleger Luiz Fernando Pezão no Rio.

Derrocada – Surpresa nas eleições de 2010 com seis governadores eleitos, o PSB ficou sem candidatos fortes neste ano e encolheu. O partido chegou a governar 14,6% do eleitorado brasileiro (20,9 milhões de pessoas). No primeiro turno, porém, só conseguiu manter o domínio em Pernambuco, Estado em que a trágica morte do ex-governador Eduardo Campos alterou o cenário de possível derrota para o PTB. Candidato apoiado pela família Campos, Paulo Câmara recebeu 68% dos votos válidos, o mais bem votado do país. O Estado concentra 6,3 milhões de eleitores, o que corresponde a 4,4% do total.

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Balanço de eleitorado governado por partido nos Estados após 1º turno das eleições de 2014
Balanço de eleitorado governado por partido nos Estados após 1º turno das eleições de 2014 (VEJA)

Com esta única vitória, o PSB vai ao segundo turno em Roraima, Amapá, Paraíba e Distrito Federal, onde vivem 5,4 milhões de eleitores (3,8%), sem chances de recuperar o eleitorado conquistado em 2010. No pior cenário possível, em caso de derrota de Chico Rodrigues (RR), Camilo Capiberibe (AP), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF), a redução do eleitorado em domínios pessebistas pode chegar a 70%.

A vitória de Rui Costa (PT) na Bahia também eliminou as chances do oposicionista DEM de conquistar algum governo estadual. O partido não lançou candidato próprio à sucessão de Rosalba Ciarlini (RN), e Raimundo Colombo (SC) se reelegeu pelo PSD, partido para o qual havia migrado. Colombo manteve o único Estado governado pelo partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Os kassabistas ainda disputam o segundo turno no Rio Grande do Norte, com Robinson Faria.

No Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) pôs fim ao domínio do clã Sarney ao derrotar Lobão Filho (PMDB). O PDT conquistou o Mato Grosso com Pedro Taques e disputa o segundo turno no Amapá com o ex-governador Waldez Góes, aliado do senador José Sarney (PMDB) e preso em 2010 em operação da Polícia Federal. O PRB disputará o segundo turno no Rio de Janeiro com o ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella. E o PR tenta emplacar no Distrito Federal o candidato Jofran Frejat, substituto do ex-governador José Roberto Arruda, barrado pela Lei da Ficha Limpa. Entre os demais partidos com governadores em exercício de mandato, Pros, PP e SD não elegeram ninguém, embora ainda disputem um segundo turno cada.

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