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Estados trocam governadores e embaralham palanques

Oito governadores do país deixarão a cadeira em abril para disputarem outros cargos nas eleições deste ano; trocas têm impacto na montagem dos palanques dos candidatos à Presidência nos Estados

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jan 2014, 14h03

Como ocorre a cada quatro anos, boa parte dos governadores do país não cumprirá seus mandatos até o fim em 2014. Para dar sequência aos seus projetos pessoais, oito deles devem renunciar ao cargo em abril para voltar às urnas em outubro, conforme determina a legislação eleitoral, numa troca de cadeiras que tem influência direta na montagem dos palanques estaduais. Dos oito que se articulam para deixar o posto, sete tentarão uma cadeira no Senado, um caminho tradicional na política brasileira para governadores que não podem tentar a reeleição. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tentará um voo mais alto e disputará a Presidência da República pelo PSB.

A troca de comando nos Estados modificará o arco de alianças dos potenciais candidatos ao Palácio do Planalto. E, pelo menos por enquanto, o cenário tende a beneficiar a presidente Dilma Rousseff, que distribuiu cargos no governo para quase todos os partidos do país em troca de apoio político – não à toa, o Brasil fechou o ano com inacreditáveis 39 ministérios.

O senador tucano Aécio Neves deverá perder dois palanques: Pará e Roraima, ambos administrados atualmente pelo PSDB, passarão a ser chefiados, respectivamente, pelo PSD, neoaliado da presidente Dilma Rousseff (PT), e pelo PSB. Desses, o Pará é o que mais preocupa os tucanos pela densidade eleitoral no Norte do país – 5,1 milhões de votos. Nas eleições de 2010, o tucano José Serra obteve 37% dos votos. Sucessor do governador Simão Jatene (PSDB), o vice Helenilson Pontes (PSD), não esconde a preferência pela reeleição de Dilma: “Se eu ocupar o posto de Jatene, a Dilma vai passar a ter um governador aliado no Pará. Vou fazer questão de que ela venha nos visitar mais vezes, vamos recebê-la com todo o carinho”, afirmou. “Ter a base no Estado significa consolidar a vitória de Dilma no Norte, então espero que ela nos venha nos visitar.”

Em Roraima (271.596 eleitores), o substituto do governador Anchieta Júnior (PSDB) vai trabalhar para a candidatura de Eduardo Campos: “Teremos palanque para Campos sair vitorioso na disputa pelo Palácio do Planalto. É claro que a minha chegada ao governo muda a recepção política dele aqui”, afirma o herdeiro do cargo, Francisco Rodrigues, conhecido como Chico Rodrigues.

O novo tabuleiro eleitoral tende a dificultar a campanha de Campos. Com a substituição do governador Wilson Martins (PSB) por Antônio José Filho (PMDB), ele perderá o palanque no Piauí, Estado onde Dilma teve ótima votação em 2010 – 67% dos 2,2 milhões de votos. Campos também terá de resolver uma série de entraves decorrentes da chapa com a ex-senadora Marina Silva e seu quase partido, a Rede Sustentabilidade, cujos militantes não aceitaram alguns arranjos estaduais – como o apoio do PSB à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo (31,5 milhões de votos).

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Se por um lado sairá fortalecida na nova composição dos palanques estaduais, Dilma também precisa se articular para desatar os nós em Estados de grande potencial eleitoral, como Rio de Janeiro e Maranhão. O cenário mais complicado – e explosivo – é o Rio de Janeiro (12 milhões de votos), onde o PT abriu guerra contra o PMDB, aliado preferencial do Palácio do Planalto. O PMDB lançará o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, à sucessão de Sérgio Cabral. O PT não abre mão da candidatura do senador Lindbergh Farias. A menos de seis meses do início oficial da campanha, é muito provável que os dois se enfrentem nas urnas, o que forçará Dilma a se equilibrar nos dois palanques.

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