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Escândalo na Casa Civil já derrubou quatro integrantes do governo

Por Da Redação
20 set 2010, 08h52

O escândalo provocado pela revelação de que um esquema de lobby e tráfico de influência era operado na Casa Civil sob a supervisão da ex-ministra Erenice Guerra derruba nesta segunda-feira mais um integrante do governo. O diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues, será o quarto envolvido no esquema a deixar o cargo.

No domingo, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Rodrigues é testa de ferro do empresário argentino Alfonso Conrado Rey, que vive em Miami. Rey é o dono da empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), que tem contratos de 60 milhões de reais com os Correios. Conforme revelou reportagem de VEJA, o filho de Erenice intermediou contratos entre a MTA e a estatal por meio de sua empresa, a Capital Assessoria e Consultoria. Rodrigues assumiu o cargo em 2 de agosto, numa “reformulação administrativa” comandada pela ex-ministra.

Entrevista: Presidente dos Correios fala ao site de VEJA sobre a saída de Rodrigues

O primeiro a cair na esteira do escândalo foi Vinícius Castro, que ocupava o cargo de assessor jurídico da Casa Civil. Ele é parceiro de Israel Guerra na Capital. Era Castro quem recebia – em encontros com empresários – a propina de 6% sobre o valor de negócios fechados com o governo federal. No papel, a mãe do ex-assessor, Sônia Castro, aparece como sócia da consultoria. Na realidade, ela seria laranja do filho, já que reside no interior de Minas Gerais e trabalha com venda de queijos. Castro pediu exoneração do cargo no dia 13 deste mês.

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Três dias após a saída de Castro, Erenice Guerra deixou o cargo. A sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil não resistiu às revelações de que seu filho comandava um esquema de lobby sob a sua supervisão. Aos olhos do Planalto e do PT, no entanto, o erro mais grave de Erenice foi relacionar o seu caso à campanha presidencial, dizendo que os ataques eram um ato de desespero de um candidato – o tucano José Serra – “já derrotado”. Todo o esforço da campanha de Dilma Rousseff era para manter dissociadas as questões da Casa Civil e do processo eleitoral.

Na última sexta-feira, Stevan Knezevic, o terceiro sócio de Israel Guerra na Capital também pediu demissão. Ele estava lotado na Presidência como funcionário do Centro Gestor e Operacional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), órgão subordinado à Casa Civil. Segundo a Sipam, Knezevic voltará à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), seu órgão de origem.

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