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BA: forças federais cercam grevistas; PMs prometem reagir

Exército e Força Nacional de Segurança cumprem ordem judicial de desocupar Assembleia Legislativa, onde grevistas acampam. Homicídios chegam a 88

Por Da Redação
6 fev 2012, 06h20

Ao menos 600 homens do Exército e da Força Nacional de Segurança cercam desde o início da manhã desta segunda-feira a Assembleia Legislativa, em Salvador, onde policiais militares grevistas acampam, junto com as famílias, desde terça-feira. Com o apoio das tropas federais, o governo baiano tenta desocupar o prédio, além de cumprir 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estão no local.O abastecimento de energia elétrica no local foi cortado, por volta das 19 horas do domingo, e as tropas federais fizeram incursões no entorno do prédio, usando, entre outros veículos, os blindados Urutu do Exército, que chegaram ontem à cidade, e helicópteros. A iluminação de alguns pontos do prédio e dos holofotes instalados do lado externo é mantida por geradores de energia, usados para casos de emergência.

Os policiais grevistas dizem não querer confronto com as tropas do Exército ou com os 40 integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF), que chegaram no domingo a Salvador para cumprir os mandados de prisão, mas avisam que vão responder eventuais atos de violência com violência. Além do Exército, homens da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades da Assembleia. Segundo o tenente-coronel Cunha, responsável pela área de Comunicação do Exército, depois do isolamento da área, os mandados de prisão vão ser cumpridos.

O pedido para a desocupação do prédio da Assembleia foi feito no domingo à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, ao general G.Dias. Nilo disse que “os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça”. O deputado falou ainda que o pedido partiu dele mesmo, e não do governador.

Cerca de 300 PMs amotinados aglomeram-se na frente da Assembleia “Chamem seus colegas, esta é uma noite fundamental para nossa luta”, disse o líder da greve, Marco Prisco, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), em discurso feito por volta das 21h30. De acordo com ele, o comando da PM do Estado teria feito uma proposta pelo fim do movimento e da ocupação. “Falei com o coronel (Alfredo) Castro (comandante-geral da PM) e ele propôs anistia total e irrestrita a todos os companheiros grevistas, a incorporação de duas gratificações aos salários e a revogação de todos mandados de prisão, menos o meu”, disse, aos PMs que estão no local.

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Em seguida, Prisco perguntou aos grevistas se aceitavam a proposta. Eles negaram. Segundo o governo, porém, não foi feita nenhuma proposta aos amotinados. “A única proposta do governo é: voltem a trabalhar”, rebateu o secretário de Comunicação, Robinson Almeida. “Os mandados de prisão serão cumpridos, mais cedo ou mais tarde. Isso já saiu da esfera do Estado, é uma determinação do governo federal.

Onda de crimes – Desde que os PMs deflagraram a greve, na noite de terça-feira, dia 31 de janeiro, já chega a 88 o número de homicídios na Região Metropolitana de Salvador, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública da Bahi. Só no domingo, foram registrado 13 assassinatos.

(Com Agência Estado)

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