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Encontrado sangue em sítio e carro de Bruno

Agentes da polícia mineira rastreiam as ligações do celular de Eliza

Por Andréa Silva, de Contagem
29 jun 2010, 13h09

A Polícia Civil de Minas Gerais encontrou sangue no carro e no sítio do goleiro Bruno, do Flamengo, suspeito no caso do desaparecimento da jovem Eliza Samudio, 25 anos, sua ex-amante, que tentava provar na Justiça que ele é pai de seu filho de quatro meses. Um exame feito no Land Rover do jogador, apreendido no dia 8 deste mês, em Contagem, Minas Gerais, encontrou vestígios de sangue. Também foram encontrados vestígios de sangue na casa do sítio do jogador, compatíveis com o movimento de arrastar alguém pelo chão da sala. Neste caso, foi usado o luminol, substância que indica rapidamente, mesmo em locais que foram limpos ou lavados, restos imperceptíveis de sangue. A confirmação sobre a presença de sangue depende de exames de laboratório.

No final da manhã desta terça, a Polícia de MG tomou o depoimento de Cleiton da Silva Gonçalves, amigo do jogador, que dirigia o carro quando o veículo foi interceptado numa blitz. Cleiton depõe na condição de testemunha no inquérito que apura o desaparecimento de Eliza.

Ainda hoje será ouvida outra testemunha no caso e estão previstas novas buscas no sítio do jogador. Agentes da polícia mineira também estão, hoje, rastreando as ligações do celular de Eliza. O depoimento de Bruno, segundo o chefe do Departamengo de Investigações, Édson Moreira, deve ser o último do inquérito.

Ontem, a Polícia já havia apertado o cerco contra o goleiro. Em uma investigação no sítio do jogador, foram recolhidas uma fralda e uma passagem aérea. Investigadores trabalham com a hipótese de a jovem ter sido morta na propriedade de Bruno.

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O goleiro negou as acusações em uma reunião com a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, e o vice-presidente jurídico do clube, Rafael De Piro. Contudo, As declarações não impediram que o clube afastasse o jogador da intertemporada iniciada hoje em Itu. De Piro explicou que a decisão foi tomada junto com Bruno.

A delegada de Contagem Alessandra Wilke disse ontem que instaurou inquérito após receber denúncia anônima na quinta-feira. Segundo ela, a polícia foi informada que Bruno e mais dois amigos teriam espancado Eliza, ocultado o corpo e queimado a roupa dela.

Desaparecimento – Desde o início de junho, parentes e amigos perderam o contato com Eliza. Ela teria dito que iria a Minas com o filho a convite de Bruno. Circula, contudo, a informação de que o jogador vinha adiando o teste de DNA.

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A família de Bruno acabou envolvida no caso: a mulher atual do goleiro, Dayanne Souza, foi presa na noite de sexta-feira quando prestava depoimento na Delegacia de Homicídios de Contagem. Ela foi autuada por “subtração de incapaz” e liberada na manhã de sábado. Isso conteceu porque Bruninho, filho de Eliza, foi encontrado no apartamento de uma amiga de Dayanne.

A delegada disse que, em depoimento, Dayanne contou ter recebido de Bruno o pedido para cuidar de Bruninho porque Eliza teria abandonado a criança. Depois de tomar o depoimento de funcionários do sítio de Bruno, a polícia descobriu que o bebê, de apenas quatro meses, foi deixado no local por um amigo do jogador conhecido como Macarrão. “Macarrão avisou que a polícia iria ao sítio e para retirarem a criança de lá”, afirmou Alessandra.

Esta é a segunda vez que o amigo do jogador aparece nas histórias desencontradas que envolvem Bruno e Eliza. A primeira delas foi em outubro do ano passado, quando Eliza procurou a polícia para denunciar ameaças e seqüestro praticados pelo jogador. Em uma entrevista gravada em vídeo pelo jornal ‘Extra’, Eliza conta que foi procurada por Bruno durante a madrugada. Ele insistia para conversar e ela, depois de resistir, aceitou entrar no carro – um Porsche Cayenne, segundo ela. Logo que entrou no carro, três amigos do jogador chegaram ao veículo. Eliza dá nomes: “Macarrão, Russo e ‘um negão'”. Russo, segundo ela, tinha uma arma, usada pelo jogador para ameaçá-la.

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Eliza afirmou que Bruno e seus três amigos queriam que ela abortasse tomando Citotec – um medicamento de efeito abortivo usado clandestinamente. Depois de afirmar que o medicamento não teria mais efeito depois do quarto mês de gravidez, o goleiro teria combinado com ela que, ainda naquela semana, os dois iriam a uma clínica de aborto. Ela aceitou e, no dia seguinte, procurou a polícia. Eliza reproduziu, no vídeo, frases que atribui a Bruno: “Ele disse: ‘se eu te matar e jogar em algum lugar, nunca vão encontrar'”.

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