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Empresário ligado ao PT preso pela PF paga fiança e é liberado

Benedito Oliveira Neto, conhecido como Bené, tem negócios com o governo federal e colaborou com campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2015, 14h43

O empresário Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, pagou fiança de 78.000 reais e foi liberado após prestar depoimento sobre o esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Polícia Federal na Operação Acrônimo. Bené, o ex-assessor de comunicação social do Ministério das Cidades Marcier Trombiere Moreira e outras duas pessoas foram presas na última sexta-feira em flagrante sob suspeita de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os quatro desembolsaram 188.000 reais em fiança e foram liberados na própria sexta depois de prestar esclarecimentos aos policiais.

No depoimento à Polícia Federal, Bené negou participar de esquemas ilegais e confirmou ser de uma empresa dele, a Print, o avião particular que no ano passado aterrissou em Brasília com 113.000 reais em dinheiro vivo. A interceptação do avião ocorreu em outubro do ano passado depois de uma denúncia anônima e motivou os policiais a darem continuidade às investigações sobre a origem e o destino do dinheiro transportado na aeronave.

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Documentos constantes do inquérito da Operação Acrônimo podem complicar a vida do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Os papéis indicam que Bené operava uma espécie de caixa paralelo na campanha do petista e abrem a suspeita de que a mulher de Pimentel, Caroline Oliveira, seria dona de uma empresa fantasma utilizada pela organização criminosa.

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O advogado de Bené, Celso Lemos, informou ao site de VEJA que vai contestar o valor da fiança imposta pela Polícia Federal e questionou o fato de os policiais terem prendido o empresário antes mesmo de supostamente terminarem de cumprir os noventa mandados judiciais da Operação Acrônimo. “Eles fizeram o início do trato cirúrgico sem terem concluído sequer os exames preliminares”, comparou o defensor.

Bené ficou conhecido na campanha eleitoral de 2010 por bancar despesas do comitê eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Sua prisão foi decretada após os policiais concluírem que ele continuava operando em negócios criminosos.

A ascensão meteórica das empresas ligadas a Bené – nos dois mandados do ex-presidente Lula as empresas a Gráfica Brasil e a Dialog Eventos faturaram 214 milhões de reais – chamou a atenção dos investigadores. Na operação policial deflagrada na sexta-feira, pelo menos trinta empresas são suspeitas de uso extensivo de laranjas e de confusão patrimonial para evitar serem pegas. A partir de 2005, a mesma empresa que tinha faturamento de cerca de 400.000 reais passou a movimentar até 500 milhões de reais ao ano.

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