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Em vídeo, Bernardo grita por socorro, e madrasta o ameaça de morte

Grupo RBS divulgou áudio de um trecho da gravação que a polícia recuperou do celular do pai do menino. Material deixa claro os maus-tratos a Bernardo

Por Da Redação
27 ago 2014, 13h23

Em um vídeo encontrado no celular do pai do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril, aos 11 anos, o garoto aparece gritando, desesperadamente, por socorro. E é ameaçado de morte pela madrasta, Graciele Ugulini. Um áudio com trecho da gravação foi publicado nesta quarta-feira pelo grupo RBS.

A gravação começa com o menino, aos berros, implorando por socorro. Ele, então, afirma que o pai e a madrasta o agrediram: “Vocês me agrediram, tu me agrediu”, diz, referindo-se a Graciele. Ela rebate: “E vou agredir mais”. O pai, Leandro Boldrini, intervém, afirmando que foi Bernardo o que começou a briga, ao xingar a madrasta. “Ninguém merece ser xingado”, diz. Graciele, então, ameaça Bernardo: “Tu não sabe do que sou capaz. Eu não tenho nada a perder. Prefiro apodrecer na cadeia do que ficar nessa casa contigo incomodando”. O menino diz que gostaria que a madrasta morresse. Ao que ouve de Graciele: Vamos ver quem vai pra debaixo da terra primeiro”.

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O vídeo foi apresentado na terça-feira pela Polícia Civil ao juiz Marcos Luis Agostini durante audiência realizada nesta terça-feira no Foro de Três Passos (RS). Em uma das cenas, o médico aparece dopando o filho, que fica “grogue” após tomar um remédio sob orientação do pai, conforme a delegada Caroline Bamberg Machado. “(O vídeo) Mostra como o Bernardo era tratado dentro de casa”, disse a delegada. O material havia sido apagado do aparelho e foi recuperado por técnicos do Instituto Geral de Perícias da Polícia Civil gaúcha.

A delegada foi a primeira da série de 77 testemunhas que o juiz vai ouvir na fase de instrução do processo. O inquérito da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público apontam o pai do menino como mentor do crime. Graciele foi denunciada como executora do plano, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz são acusados de cumplicidade. Todos estão presos. O pai e a madrasta recorreram ao direito de não ir à audiência. Os irmãos Wirganovicz foram e ouviram vaias e palavrões de um grupo de dezenas de pessoas na entrada do fórum. o todo, estão arroladas para prestar depoimento 25 testemunhas de acusação e 52 de defesa. Ao final, serão tomados os depoimentos dos réus e colhidas as alegações finais das partes. O juiz decidirá então pela absolvição, condenação ou encaminhamento para o Tribunal do Júri. Não há data prevista para o final do processo.

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