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Em Santa Maria, 30 feridos respiram por aparelhos

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que 14 pacientes foram tranferidos para Porto Alegre, onde o governo federal montou uma estrutura para atender queimados

Por Da Redação
27 jan 2013, 17h19

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse, na tarde deste domingo, haver 92 pacientes internados em hospitais por causa do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em entrevista coletiva no Centro Desportivo Municipal, para onde foram levados os corpos, Padilha afirmou que 30 feridos respiram por aparelhos. No último balanço, foram contabilizadas 232 mortes. As informações são de que o cantor da banda que se apresentava na boate acendeu um sinalizador que atingiu o teto. A partir daí, o fogo se espalhou rapidamente. A maior parte dos pacientes são jovens vítimas de intoxicação respiratória e não de queimadura.

“Transferimos 14 feridos para Porto Alegre, onde foi montado pelo ministério da Saúde, em parceria com o governo estadual, uma estrutura de referência de UTI para pacientes que precisam de mais suporte”, afirmou Padilha. Esses feridos apresentam quadro de queimadura. Pela manhã, o ministério mobilizou três hospitais conhecidos pelo tratamento de queimados: o do Andaraí e da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, e o Evangélico, de Curitiba. No entanto, como a maioria está com problemas respiratórios, não houve necessidade de acionar o socorro dessas três unidades de saúde.

Padilha afirmou que mais 11 pacientes devem ser transferidos para Porto Alegre. Se necessário, é possível que a locomoção seja feita por helicópteros. “Temos capacidade de remover a quantidade necessária de pacientes. Estão separados na região metropolitana de Porto Alegre 50 leitos de UTI. Dos pacientes de Santa Maria, cerca de 30 respiram por aparelhos. Eles serão avaliados permanentemente”, afirmou o ministro.

Ambulâncias de UTI do Samu foram deslocadas para Santa Maria, assim como cerca de 20 respiradores mecânicos. Ainda neste domingo o ministro afirmou que chegarão 30 ventiladores mecânicos do SUS para dar suporte aos hospitais da cidade e de Porto Alegre. Uma equipe da Força Nacional, baseada em Curitiba, foi enviada ao local da tragédia. A Força Aérea brasileira deslocou 12 médicos preparados para o atendimento de situações de incêndio.

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De acordo com Padilha, a prioridade número um é salvar as vidas dos pacientes internados. Outra frente de atuação do ministério é o amparo às famílias. “É comum que as famílias, em situações como essa, necessitem de suporte psicológico ou de atendimento médico. Foram montadas 20 equipes atendimento”, disse.

O ministro alertou ainda para a possibilidade de surgirem quadros de pneumonia química nos próximos dias. “É possível que algumas pessoas apresentem tosse e falta de ar. Isso pode evoluir para pneumonia. Montamos, neste domingo, dois postos de pronto-atendimento em Santa Maria para atender essas pessoas”, afirmou Padilha.

A presidente Dilma Rousseff também foi a Santa Maria, onde visitou um dos hospitais onde estão as vítimas e o Centro Desportivo Municipal. De acordo com informações do hospital, Dilma permaneceu na unidade durante cerca de 15 minutos, reunida com o governador Tarso Genro e com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No encontro, foi discutida a possibilidade de remoção dos casos mais graves. A presidente veio de Santiago, no Chile, onde estava para participar da Cúpula Celac-União Europeia. A presidente cancelou os compromissos oficiais que tinha na capital chilena.

No momento do incêndio, por volta das 2h30 deste domingo, havia entre 1.000 e 2.000 pessoas na casa noturna, a maioria jovens. Segundo o jornal local Diário de Santa Maria, acontecia na boate uma festa dos cursos de Agronomia, Veterinária, Pedagogia e Tecnologia dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). No local, também ocorria a festa de um bloco de carnaval da cidade, o Nagandaya.

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