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Em meio à crise política, Dilma apela a Temer

Antevendo piora na relação com o Congresso após lista de Janot, presidente tenta trazer o vice – até agora um 'estranho no ninho' – para articulação política

Por Da Redação
9 mar 2015, 10h23

Imersa em uma crise política de dimensões comparáveis à que sucedeu a descoberta do mensalão, a presidente Dilma Rousseff tentará, agora, incluir o vice-presidente Michel Temer na articulação política. Ela se reúne com o presidente do PMDB na manhã desta segunda, em encontro do qual devem participar seis ministros do chamado núcleo duro do governo – Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Jaques Wagner (Defesa). No domingo, Dilma já havido reunido o núcleo político para discutir os desdobramentos da Operação Lava Jato – horas mais tarde, o pronunciamento da presidente em rede nacional de rádio e televisão, foi marcado por protestos nas ruas dos maiores Estados do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de Brasília. Na reunião de domingo, segundo o jornal O Globo, Dilma sacramentou que pedirá ao vice que integre a coordenação política.

Até agora, a presidente tem mantido o vice alijado da articulação política. Ele sequer foi convidado para uma reunião em que Dilma recebeu lideranças do Congresso no Palácio do Planalto.

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A já conturbada relação de Dilma com o PMDB deve ficar ainda mais tensa com a revelação da lista de políticos que passarão a ser investigados pela Lava Jato. Base aliada e oposição preveem uma temporada de derrotas significativas para o governo. Na primeira semana após a divulgação da lista, senadores e deputados apreciarão vetos presidenciais, entre os quais o da correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda. O governo atua para evitar essa votação, mas alguns parlamentares dão como certa a derrubada do veto.

Os parlamentares acusam o governo de tentar transferir para o Congresso a crise política provocada pela Lava Jato. Alguns, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspeito de receber do esquema, acusam o Planalto de interferir diretamente na lista encaminhada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. No PMDB, partido do presidente da Câmara e do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) – que também está na lista de suspeitos -, a insatisfação é generalizada. “O governo, para sair do olho do furacão, está jogando tudo para o Congresso. Ninguém vai aceitar isso”, diz Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

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Ao longo do dia, a presidente seguirá com a série de diálogos que iniciou na tentativa de melhorar o relacionamento com o Congresso Nacional. No fim da tarde, Dilma recebe líderes dos partidos aliados no Senado, às 17h30. A reunião com parlamentares ocorre depois da divulgação da lista de políticos que serão investigados no âmbito da Lava Jato.

A relação foi enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal e divulgada na última sexta-feira. Serão investigados onze senadores, 26 deputados federais e outras pessoas sem prerrogativa de foro acusadas de participação no esquema. Entre os parlamentares, estão o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

(Com Estadão Conteúdo)

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