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Em meio à crise, Câmara emenda festejos juninos e cancela votações da próxima semana

Decisão tomada pelo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), irritou aliados do governo, que pretendiam votar projetos importantes na última semana de junho

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jun 2016, 16h43

Mesmo com o país mergulhado em uma crise política e econômica sem precedentes, a Câmara dos Deputados está em festa. Embalada pelas celebrações juninas, a Casa determinou que não haverá votações na próxima semana, o que libera os congressistas a irem para suas bases eleitorais comemorar os tradicionais festejos de São Pedro. A decisão foi dada nesta sexta-feira pelo presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA).

Em comunicado encaminhado pela Secretaria-Geral da Mesa, Maranhão informou aos deputados que não haverá sessões deliberativas entre os dias 27 de junho e 1º de julho. Para compensar, ele comunicou que já na segunda-feira (1º de julho), dia em que a Casa costuma estar esvaziada, será realizado um esforço concentrado para as votações. Por causa das festas de São João, a Câmara também teve um calendário encurtado nesta semana, com votações apenas na segunda e na terça-feira.

A decisão surpreendeu – e irritou – aliados do governo. Eles apontam que o acordo firmado com Maranhão era o de que, a exemplo dessa semana, haveria pelo menos dois dias de sessões deliberativas. O líder do governo, André Moura (PSC-SE), chegou a telefonar três vezes para o presidente interino, mas não conseguiu demovê-lo da ideia.

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“Temos de votar a lei da governança dos fundos de pensão e a medida provisória que trata dos Jogos Olímpicos. O Maranhão foi irredutível na posição dele e manteve o cancelamento desta semana sob a alegação de que trabalhar somente segunda à noite e terça pela manhã onera muito com despesas aéreas e de estrutura”, afirmou Moura a VEJA.

“Essa decisão atrapalha a própria Casa. Como justifica ficar treze dias sem trabalhar?”, questionou o deputado Rogério Rosso (DF), líder do PSD e um dos principais cotados para assumir a cadeira de Maranhão em um mandato tampão até o início de 2017. Sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente interino sofre constante pressão para deixar o comando da Casa – o que ele rejeita. A possibilidade de vacância se dá caso Cunha renuncie à Presidência ou seja cassado.

Questionado pela reportagem, Maranhão não se manifestou sobre os motivos do cancelamento das votações. Interlocutores do presidente interino justificam que a cada quatro anos a Câmara fica esvaziada nesta época por causa das eleições municipais, quando os deputados voltam para suas bases eleitorais para fazer campanhas para seus candidatos a prefeitos e vereadores.

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