Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em Madureira, berço do samba, o desfile agora é de fuzil

Reduto da Portela e do Império Serrano convive com bandidos armados em plena luz do dia

Por Leslie Leitão 14 out 2014, 22h10

A guerra pelo controle de bocas de fumo que se espalha pelo subúrbio carioca aumenta a ousadia dos criminosos. Antes entrincheiradas em seus redutos, as quadrilhas têm conquistado espaço em ruas que, até pouco tempo, não era possível vê-los armados até os dentes tão descaradamente.

Um desses novos territórios dos bandidos é o bairro de Madureira, tradicional terra do samba, cantada em verso e prosa, e onde a grande rivalidade se restringia às quadras da Portela e do Império Serrano. Na semana passada, moradores locais testemunharam as novas cenas do cotidiano local. Em uma das principais vias do bairro, a Avenida Edgar Romero, dezenas de criminosos patrulhavam os acessos ao Morro da Serrinha armados com fuzis e pistolas em plena luz do dia.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso na delegacia da área. Outra unidade, que tem inquéritos em andamento que revelam um pouco da maneira de agir dessas quadrilhas, já identificou um dos criminosos exibicionistas. Marco Antônio de Oliveira Silva, conhecido pelo apelido de Angolano, é um dos principais seguranças da quadrilha do Terceiro Comando Puro (TCP), que trava batalhas diárias com o vizinho Morro do Cajueiro, dominado pela facção Comando Vermelho.

Leia também:

Secretaria desmantela ‘balcão de negócios’ de PMs na Ilha do Governador

peração prende 16 PMs envolvidos com tráfico no Rio

Angolano aparece de camisa listrada, bermuda de marca, boné azul e uma mochila verde nas costas, empunhando um fuzil calibre 7.62. Ao contrário da maior parte dos bandidos, que estão descalços, ele veste os meiões oficiais do Flamengo. Em janeiro de 2008, após ser baleado num confronto com a polícia, o criminoso foi levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Dias depois, Angolano foi resgatado por vinte comparsas, que invadiram a unidade médica armados e o libertaram. Dois meses mais tarde, ele chegou a ser preso pela Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos, mas foi solto e voltou para seu antigo posto na Serrinha.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.