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Em evento com mensaleiros, Lula ataca Aécio e FHC

Em tom provocador, ex-presidente afirmou que o PT não deve temer comparações com gestões anteriores sobre corrupção e atacou o PSDB. Na plateia, mensaleiros e ex-ministros envolvidos em escândalos aplaudiram

Por Jean-Philip Struck
20 fev 2013, 22h40

Em um evento com a presença de mensaleiros condenados pela Justiça e ex-ministros defenestrados por envolvimento em escândalos de corrupção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a festa organizada pelo PT para marcar dez anos de governo para atacar a oposição e exibir sua megalomania: “Todas as coisas que eles pensaram em fazer, nós fizemos melhor”.

O discurso de Lula foi pontuado por ironias e provocações: “Eles (oposição) estão inquietos, sem valores e sem propostas”. O petista atacou nominalmente o senador mineiro Aécio Neves, a quem se referiu como “nosso adversário em 2014”, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Vou dizer apenas que a resposta que o PT deve dar a eles – e eles podem se preparar, podem juntar quem quiserem – é a reeleição da presidente Dilma em 2014”, disse.

Nesta quarta-feira, Aécio Neves fez um discurso enfático no Senado com críticas às gestões petistas na Presidência da República, intitulado “treze fracassos do PT”, e cobrou “humildade” ao partido. Já Fernando Henrique Cardoso chamou de “picuinha” as críticas que o PT tem feito ao seu governo por meio de uma cartilha.

“Nós não temos medo da comparação, inclusive no debate da corrupção”, disse Lula, sem citar o maior escândalo de desvios de recursos públicos ocorridos no país, ocorrido justamente durante o seu governo. Na plateia, mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como seu ex-ministro e “ex-capitão do time”, José Dirceu, e os deputados José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP) aplaudiram. Lula também não citou a recente operação da Polícia Federal, batizada de Porto Seguro, que flagrou sua mulher de confiança, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, como integrante de uma quadrilha especializada em fraudes de pareceres técnicos em órgãos federais.

Lula também deixou claro sua nova obsessão política: tentar derrotar o PSDB na próxima eleição para o governo de São Paulo. O petista sugeriu que as gestões tucanas não aceitavam acordos na área de segurança pública. “Com o governo de São Paulo não era simples de se trabalhar”, disse.

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Dilma – Em sua fala, a presidente Dilma Rousseff elencou nominalmente os presidentes dos partidos que compõem sua base política em Brasília, incluindo dois ex-ministros demitidos por envolvimento com corrupção, Alfredo Nascimento, do PR, e Carlos Lupi, do PDT. Também citou o ex-prefeito paulistano e seu neoaliado Gilberto Kassab, do PSD. Ao elogiar o PT, a presidente saudou “todos os presidentes do PT”, lista que inclui os mensaleiros José Dirceu e José Genoino.

Em tom eleitoral, Dilma atacou “o timbre do atraso”. “Nós não herdamos nada, presidente. Nós construímos”. “Estamos sendo criticados porque atualizamos estatísticas, para dar mais transparência as nossas ações. Alguns tentam dizer que esse feito não passa de mero jogo estatístico. Outros preferem destacar o que ainda falta ser feito. Como pode ser jogo estatístico quando tanto já foi feito?”. A presidente também afirmou que os críticos que apontam problemas nas previsões de crescimento econômico estão errados. “Os que apostarem no contrário amargarão sérios prejuízos financeiros ou políticos”, afirmou.

Na lista de convidados de honra, a principal ausência foi o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, outro possível adversário de Dilma em 2014.

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