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Em comunicado, Odebrecht se diz ‘indignada’ com prisões

Empreiteira divulga texto em jornais em que busca desqualificar argumentos que levaram executivos para a cadeia

Por Da Redação
22 jun 2015, 08h59

Um dos alvos da 14ª fase da Operação Lava Jato, que levou para a cadeia na sexta-feira Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, a construtora Odebrecht divulgou nesta segunda um comunicado nos principais jornais do país em que expressa sua “indignação” com a prisão de cinco executivos da empreiteira. Ao longo do texto, os advogados da empresa buscam desqualificar os argumentos que embasaram as prisões.

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A empresa nega que nada tenha feito para apurar irregularidades indicadas pelas investigações da Lava Jato, como alega o Ministério Público, e afirma que não participou de qualquer cartel. O argumento da empreiteira é de que não poderia haver cartel em processos licitatórios totalmente controlados pelo contratante. Segundo a promotoria, as duas gigantes da construção alvo da 14ª fase da Lava Jato, Odebrecht e Andrade Gutierrez, exerciam papel de liderança no chamado clube do bilhão. Nas palavras do delegado da PF Igor Romário de Souza, os presidentes das duas empresas “tinham domínio de tudo”.

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No caso de Marcelo Odebrecht, os investigadores conseguiram rastrear mensagens de e-mail trocadas entre o executivo em que ele discute a contratação de navios-sonda com funcionários da companhia e a possibilidade de sobrepreço de até 25.000 dólares por dia, um indicativo de que já contabilizavam a propina nas negociações de contratos. “O conhecimento do presidente da empresa em corrupção desse porte também se extrai das regras da experiência. O e-mail trocado corrobora tudo isso de modo prático e concreto”, diz a acusação. “Outra evidência da corrupção institucionalizada na Odebrecht é que, apesar das evidências de corrupção avassaladoras e em cascata, a empresa não fez uma investigação interna volta ao esclarecimento dos fatos que a envolvem, não forneceu informações às autoridades, não adotou medidas de compliance e não puniu diretores e funcionários”, completa o Ministério Público no pedido de prisão, acatado pelo juiz federal Sérgio Moro.

Acerca do email, a Odebrecht afirma que mensagens anteriores deixam claro que se tratam de discussões técnicas entre os executivos, sem qualquer ilegalidade. A empreiteira afirma que o uso isolado de uma das mensagens “retirou do seu real contexto a comunicação ocorrida”. A empresa encerra afirmando que está “perplexa e indignada” com as prisões, mas que não se deixará abater. O comunicado expressa ainda solidariedade com as famílias dos executivos presos.

(Da redação)

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