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Em carta a Temer, Renan diz que não quer cargos no governo

Presidente do Senado tem entrado em colisão com o governo nas últimas semana – e chegou a trocar declarações exaltadas com o vice-presidente

Por Gabriel Castro, de Brasília
5 Maio 2015, 20h10

O presidente do Senado, Renan Calheiros, assegurou nesta terça-feira que não quer indicar qualquer nome para cargos no Executivo. Ele fez a comunicação formalmente em uma carta enviada ao vice-presidente da República, Michel Temer, com quem trocou declarações exaltadas na semana passada.

“Transmito a Vossa Excelência – o que já fiz à presidente da República – que qualquer indicação para cargos do Executivo, atribuídas a mim, deve ser descartada”, disse Renan no texto. A postura sinaliza um afastamento definitivo entre o peemedebista e o governo.

Na quinta-feira passada, Renan afirmou que é “ridículo” que a presidente da República não tenha feito o tradicional pronunciamento de 1º de Maio na televisão e disse que o PMDB não pode se comportar com um “coordenador de RH”, que distribui cargos. Em seguida, em uma atitude rara, Temer emitiu uma nota em que pede “respeito institucional” e afirma que “o país precisa de políticos à altura dos desafios que hão de ser enfrentados”. Nesta segunda-feira, Temer baixou o tom e elogiou o presidente do Senado.

Na carta enviada nesta terça, o presidente não se retrata, mas dá por encerrado o entrevero com Temer. “Não pretendo rebater a nota de Vossa Excelência para não promover escalada retórica incompatível com nossa função institucional”, disse ele no texto.

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Renan encerra a carta com um tom ameno: “Reitero meu desejo de que Vossa Excelência, em um momento grave do país, desempenhe suas atribuições de coordenador político com êxito e me ponho à disposição para apoiar iniciativas que engrandeçam a missão que desempenhamos”.

O presidente do Senado tem entrado em colisão com o governo nas últimas semanas, apesar de ter chegado ao cargo com o apoio do PT. Uma das razões para o afastamento seria a perda de prestígio de Renan na indicação de cargos para o Executivo. Sérgio Machado, indicado por ele, deixou a presidência da Transpetro por causa da investigação da Lava Jato. Além disso, a presidente Dilma Rousseff retirou do Ministério do Turismo outro nome de Renan: Vinícius Lage, que abriu espaço para Henrique Eduardo Alves.

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