‘É um dos piores governos que o Brasil já teve’, diz Tasso

Senador eleito pelo Ceará afirma que está confiante na vitória de Aécio Neves, embora Dilma Rousseff tenha obtido 70% dos votos no Estado no 1º turno

Por Luís Lima 25 out 2014, 21h32

Tasso Jereissati (PSDB) eleito senador do Ceará (Jarbas Oliveira/VEJA.com)

Após quatro anos sem ocupar um cargo público, o senador eleito pelo Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), afirmou que seu próximo mandato dependerá fundamentalmente do resultado das eleições presidenciais deste domingo. “Tem muita coisa que a gente pode fazer, caso sejamos [o PSDB] situação. Outra coisa é ser oposição a um governo, que, em minha opinião foi um dos piores que o Brasil já teve depois da democratização”, afirmou ao site de VEJA.

No primeiro turno, Jereissati, que já foi governador do Ceará por três mandatos, desbancou seu oponente Mauro Filho (Pros) com mais de 58% da preferência do eleitorado. O tucano ainda afirmou que o PT é a representação da combinação entre três principais elementos: incompetência, corrupção e ideologia ultrapassada. “O Ceará e todo o Brasil só têm a ganhar com Aécio”, disse.

No fim da tarde deste sábado, em Fortaleza, eleitores pró-Aécio promoveram uma “onda azul”, na Avenida Beira-Mar, a principal rua da capital cearense. De acordo com o senador, a militância que está ativa no Ceará é do PSDB, mas reconhece que os simpatizantes tucanos ainda são minoria no Estado. No primeiro turno, Dilma obteve a preferência de quase 70% dos cearenses.

Governo – Sobre a eleição estadual, Jereissati, que apoia o candidato do PMDB, Eunício Oliveira, classificou a disputa como “acirrada”. Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado aponta expressiva recuperação de Eunício, que aparecia com 43% na pesquisa anterior, ante 57% do candidato petista e agora marca 48% ante 52% do petista.

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“Estou absolutamente confiante na vitória. A oposição cearense, no primeiro turno, foi maioria, disse não à continuidade de um governo centralizador, arrogante, que, além de não priorizar o que os cearenses pedem, como segurança, água para beber, saúde e educação, está sob o comando de uma família que se acha os coronéis do mundo”, criticou Eunício, referindo-se à família Gomes, que apoia o petista. Cid Gomes, atual governador, está no poder há dois mandatos.

Camilo, por sua vez, também está otimista em relação à disputa. “Durante esses dois turnos visitei mais de 160 municípios do Estado, realizando sempre uma campanha propositiva. Peço licença aos eleitores que votaram em outro candidato no primeiro turno, para que avaliem minhas propostas e votem 13 neste domingo”, disse, em carreata no interior.