Dois policiais militares ficam feridos em tiroteios no Complexo do Alemão
Conjunto de favelas teve policiamento reforçado desde que idosa foi morta durante troca de tiros entre PM e traficantes
Dois policiais militares foram baleados no Complexo da Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, entre a noite de quarta-feira e a manhã desta quinta-feira. A Polícia Militar reforçou a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região com 200 policiais, mas moradores ainda sofrem constantemente com trocas de tiros entre a polícia e traficantes.
Por volta de 22h30m de quarta-feira, um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi atingido na perna durante tiroteio. No momento, um grupo de policiais patrulhava a favela Nova Brasília, uma das comunidades do Complexo do Alemão. A vítima foi socorrida e lavada ao Hospital Central da Polícia Militar, e já recebeu alta.
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A PM voltou a trocar tiros com traficantes por volta de 8h30m desta quinta-feira no Morro do Alemão, em local conhecido como Largo do Mineiro. Um policial, ferido no rosto, foi encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Penha, e submetido a cirurgia.
O policiamento na região está reforçado por agentes do Bope e do Batalhão de Choque desde o último domingo, 27, quando Arlinda Bezerra, de 72 anos, foi baleada e morreu. Ela tentava proteger o neto durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes. No dia seguinte, quatro ônibus foram incendiados na região e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi depredada. Depois da confusão, um jovem foi preso, um adolescente apreendido e um homem foi baleado.
Com a maior crise já enfrentada pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) desde a criação do projeto, em dezembro de 2008, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), está adotando uma série de medidas emergenciais para fortalecer a principal vitrine da atual administração na área de segurança para sua candidatura à reeleição. Nesta terça-feira, ele anunciou a implantação de uma delegacia da Polícia Civil no Complexo da Maré (Zona Norte). A região está ocupada há quase um mês por militares do Exército e da Marinha, para futura instalação de UPPs.