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DNA atesta participação de 2 menores e traficante em estupro no Piauí, diz polícia

Polícia Civil entrega à Justiça resultado de perícia laboratorial contra suspeitos. Última vítima ainda internada deve receber alta hospitalar no sábado

Por Felipe Frazão 24 jun 2015, 18h24

Laudos de DNA forense encomendados pela Polícia Civil do Piauí confirmaram o estupro coletivo das quatro meninas entre 15 e 17 anos em Castelo do Piauí, a cerca de 180 quilômetros de Teresina, de acordo com o delegado Laércio Evangelista, responsável pelo caso. O delegado informou que os exames laboratoriais atestaram a participação de ao menos dois dos quatro menores de idade suspeitos, além do traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, único que nega envolvimento no crime, na tarde de 27 de maio.

“Comprovou diretamente [a participação] de um dos menores [no estupro] e que outro deles estava junto com Adão, além do estupro coletivo”, disse o delegado, que entregou a perícia à Justiça nesta quarta-feira e depôs como testemunha.

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O resultado dos testes foi enviado pelo Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana de Recife (PE). A Polícia Civil encomendou exames de DNA a partir de sangue, sêmen e material coletado sob as unhas das vítimas e nas bochechas dos acusados. Roupas também foram periciadas.

Os exames indicaram a presença de sêmen do menor G.V.S, de 17 anos, em duas adolescentes, segundo Evangelista. A informação dos peritos coincide com o depoimento do menor à polícia, tomado no dia seguinte ao crime, em 28 de maio. Ele é um dos menores que já havia sido identificado pelas adolescentes e o que detalhou em vídeo como o ataque ocorreu.

À polícia, os menores F.J.C.J, de 16 anos, B.F.O, de 15 anos, e I.V.I, de 15 anos, já haviam dito na mesma data que estupraram, cada um, uma das vítimas, mas não souberam identificar as meninas. Eles também despiram à força e abusaram das garotas, que foram empurradas de um penhasco e apedrejadas – Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, morreu. Os quatro menores infratores disseram que agiram sob efeito de drogas – eles haviam consumido crack e maconha – e que foram forçados e ameaçados pelo traficante Adão Souza. Nos depoimentos, os menores dizem que o criminoso também estuprou as estudantes e que estava armado com um revólver calibre 38 – a arma não foi encontrada pela polícia.

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Nesta quarta-feira, a Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública ouviram dezenove testemunhas no Fórum de Castelo do Piauí. Os quatro garotos já haviam falado ao juiz Leonardo Brasileiro. Duas das vítimas que já receberam alta hospitalar também devem depor nesta semana: J.L.S, de 15 anos, e I.C.M.F., de 16 anos. O processo tem de ser concluído até o dia 11 de julho, quando a internação provisória dos menores completa 45 dias, prazo limite para que eles permaneçam apreendidos sem sentença. Os menores devem pegar pena de até três anos de internação; Adão Souza foi denunciado por estupro, tentativa de homicídio, homicídio, corrupção de menores, associação criminosa e porte ilegal de arma. Ele está isolado na Casa de Detenção Provisória de Altos. O promotor Cezário Cavalcante Neto estima que as penas somadas cheguem a 151 anos e dez meses de prisão.

Recuperação – O cirurgião geral Gilberto Albuquerque, diretor do Hospital de Urgência de Teresina, afirmou nesta quarta-feira que a única estudante que continua internada R.N.S.R., de 17 anos, deve receber alta no sábado e deixar a unidade de tratamento intermediário. Ela sofreu afundamento do crânio e chegou a perder massa encefálica, mas se recuperou após passar por cirurgia e ficar doze dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela já consegue conversar e se alimentar espontaneamente, embora os médicos ainda não tenham um diagnóstico definitivo sobre sequelas neurológicas que a menina possa desenvolver por causa dos ferimentos. “O tratamento hospitalar está completo e o psicológico deverá continuar em consultório”, disse o médico.

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