Disputa pelo governo de SP deve custar quase R$ 280 mi
Três principais partidos na disputa estimam gastar R$ 82 milhões a mais do que em 2010 – o que daria para bancar as despesas de um candidato
A corrida pelo Palácio dos Bandeirantes deve custar neste ano 42% a mais – 82 milhões de reais – do que o montante desembolsado pelos principais candidatos nas eleições de 2010. Somados, PT, PSDB e PMDB planejam gastar 277 milhões de reais na campanha pelo governo de São Paulo. Até sábado, os partidos terão de entregar a documentação financeira com o registro das candidaturas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Se confirmado, somente o valor gasto a mais nas eleições deste ano já seria suficiente para bancar as despesas de um candidato.
O candidato do PMDB, Paulo Skaf, informou à Justiça Eleitoral a maior previsão de gasto entre os postulantes ao governo do Estado: 95 milhões de reais. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) estipulou gasto de 92 milhões de reais, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fixou o valor em 90 milhões de reais.
Esses valores são um teto que o candidato deve informar à Justiça Eleitoral para os dois turnos já que o Congresso Nacional não estabeleceu os valores por pressão dos partidos. Porém, tradicionalmente, o valor final desembolsado pelos candidatos acaba sendo inferior a esse teto – que, na prática, acaba funcionando como uma margem de segurança. Em 2010, o PSDB estabeleceu teto de 73,5 milhões de reais, mas gastou 43,4 milhões. Naquele ano, Alckmin venceu no primeiro turno, o que reduziu as despesas com equipes de marketing e propaganda na TV, no rádio e nas ruas. Candidato do PT na ocasião, Aloizio Mercadante estipulou gastos de 58,4 milhões de reais, mas desembolsou 25,6 milhões de reais. O peemedebista Paulo Skaf, que concorreu pelo PSB, havia estimado que sua campanha custaria 63,4 milhões de reais, mas o valor ficou em 23,1 milhões de reais, segundo dados da Justiça Eleitoral. Os valores foram corrigidos pelo IPCA.
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada em 7 de junho, Alckmin lidera as intenções de voto com 44%, seguido por Skaf, que tem 21%, e Padilha, com 3%.
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