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Diretor da TO admite falta de responsável técnico em reforma

Para Sérgio Alves, porém, as obras feitas pela empresa eram apenas reformulações internas e não exigiam acompanhamento de engenheiros

Por Leo Pinheiro
2 fev 2012, 22h53

O delegado-titular da 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá), Alcides Alves Pereira, ouviu nesta quinta-feira o sócio-diretor da empresa Tecnologia Organizacional, Sérgio Alves, principal suspeita de obras irregulares no Edifício Liberdade, da Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro, que desabou no dia 25 de janeiro. Durante o depoimento de quatro horas e meia, o diretor da TO afirmou ao delegado que, em sua opinião, as possíveis causas do acidente estariam relacionadas ao comprometimento do subsolo da região onde o prédio foi construído e a falhas estruturais que, ao longo dos anos, teriam transformado o Edifício Liberdade em “uma bomba relógio”. No local em que estava o edifício existia, originalmente, uma lagoa que foi aterrada no processo de urbanização da região.

“A impressão que eu tenho é que a soma de fatores adversos pode ter provocado o desmoronamento”, afirmou Alves. Entre os fatores ele listou falhas na bomba que retirava a água do subsolo do prédio, rachadura do terraço, uma inclinação que teria tirado o prédio do centro de gravidade e o fato de o prédio ter sido construído em um terreno alagado. Alves também defendeu-se das acusações de que a reforma no 9º andar de sua empresa teria sido determinante nos desabamentos que derrubou outros dois edifícios, matou 17 pessoas e deixou cinco desaparecidos. “Para mim é um grande exagero, uma grande injustiça tentar culpar unicamente a reforma da TO como causa do desabamento.”

O executivo, no entanto, admitiu que as obras na TO não tinham engenheiro ou arquiteto responsável. “Fizemos seis reformas no prédio e em nenhuma delas tínhamos profissional responsável”, revelou. “Nossas reformas eram internas, não afetavam a estrutura e por isso não exigiam responsável técnico”, declarou, assumindo que a arquiteta Regina Valmoré apenas desenhava as plantas dos andares reformados e dava “algumas orientações”, mas não acompanhava a obra.

Segundo Alves, esse trabalho ficava a cargo de uma administradora de empresas funcionária da TO. “Ela não é engenheira, não é arquiteta, ela fazia o trabalho de administração da reforma, que incluía compra de material, contato com fornecedores, pagamento do empreiteiro. Eram essas as atividades dela”, assumiu.

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