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Dirceu pede acesso à delação de Ricardo Pessoa

Ex-ministro foi citado pelo delator como destinatário de R$ 3,2 milhões em propina; executivo também comprometeu as campanhas presidenciais de Lula e Dilma

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jul 2015, 21h00

Acuado pelos depoimentos que o empreiteiro Ricardo Pessoa confirma ter repassado 3,2 milhões de reais em propina para a JD Consultoria, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu apresentou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para ter acesso a toda a delação premiada do executivo.

Conforme revelou VEJA, Ricardo Pessoa disse ter repassado dinheiro desviado da Petrobras a diversos políticos, entre eles o próprio Dirceu, o atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL) e às campanhas presidenciais de Lula e Dilma. É a segunda vez nesta sexta que Dirceu pede para receber a íntegra dos depoimentos que podem comprometê-lo na Operação Lava Jato. Ao juiz Sergio Moro, a defesa do ex-ministro pediu vista da delação do lobista Milton Pascowitch.

Os pedidos de acesso aos depoimentos de delação premiada nesse estágio das investigações são invariavelmente negados, como ocorreu recentemente com os ministros Mercadante e Edinho Silva (Comunicação Social), que também recorreram ao STF em busca das oitivas realizadas com Ricardo Pessoa. Os recursos também servem para construir o argumento de defesa segundo o qual o suspeito não sabe sequer os detalhes da acusação que pesa contra ele. Mais: as sucessivas rejeições do acesso à delação também são utilizadas pelos advogados como argumento para se alegar violação ao princípio da ampla defesa. Por lei, o sigilo das delações premiadas serve para proteger as investigações e só é revogado quando a Justiça recebe a denúncia contra os personagens citados nos depoimentos.

Desde a sua prisão, em novembro passado, Ricardo Pessoa ameaçava contar em detalhes como petistas e governistas se beneficiaram do maior esquema de corrupção da história do país. Sem conseguir deixar a cadeia de imediato ou receber garantias de que não amargaria uma dura pena pelos crimes cometidos no escândalo do petrolão, o empreiteiro resolveu contar o que sabe e confirmou que usou dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras para bancar despesas de 18 figuras coroadas da República.

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