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Dilma vai afagar a base em discurso no Senado

De olho na votação do Código Florestal, presidente tenta acalmar ânimos de parlamentares rebelados em discurso nesta terça-feira. Ministro Guido Mantega deverá dar explicações sobre denúncias na Casa da Moeda

Por Luciana Marques e Gabriel Castro
12 mar 2012, 19h34

A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar a homenagem que receberá nesta terça-feira no Senado para fazer um afago nos aliados. O Planalto vem enfrentando uma rebelião de partidos da base capitaneada pelo PMDB e Dilma quer selar a paz com os parlamentares para garantir a aprovação de projetos de interesse do governo no Congresso Nacional.

Dilma ganhará o prêmio Bertha Lutz, concedido a mulheres que contribuíram para a ampliação dos direitos femininos na sociedade. Além de falar sobre o tema, a presidente vai abordar em seu discurso o “reconhecimento” do trabalho do Congresso na aprovação de projetos do governo. Dilma deve citar a votação da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp) há duas semanas na Câmara dos Deputados. O texto, que tramita no Senado, cria uma contribuição adicional para a previdência de novos servidores públicos.

A presidente deve passar ao largo de temas controversos, como a Lei Geral da Copa e o Código Florestal. Apesar de ainda não ter digerido a derrota da semana passada, Dilma também não vai falar sobre o novo nome que indicará ao cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Na quarta passada, os senadores negaram a recondução de Bernardo Figueiredo à vaga. Indicado por Dilma, o petista era quem conduzia o projeto do trem-bala.

A mensagem de Dilma pode ser importante para esfriar os ânimos na base governista. O Código Florestal está na pauta desta terça-feira da Câmara, mas a votação pode acabar adiada: partidos aliados, insatisfeitos com o governo, devem usar a proposta para demostrar seu descontentamento. Caberá ao líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), medir a temperatura dentro da base. Se houver sinais de que a rebelião ameaça a aprovação da proposta, a apreciação do texto será adiada. Já a votação da Lei Geral da Copa, menos controversa, corre um risco menor.

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Mantega – Logo depois da ida de Dilma ao Congresso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falará aos integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Oficialmente, o tema em pauta é a conjuntura econômica do país. Mas o ministro será cobrado pela sua postura ante as irregularidades que derrubaram o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci.

O líder do PSDB, Alvaro Dias (PSDB-PR), diz que vai indagar o ministro sobre o escândalo. O tucano é autor de um requerimento de convocação do petista na comissão. O presidente do colegiado, Delcídio Amaral (PT-MS), nunca pôs o pedido em pauta. “Houve um entendimento com o Delcídio de que o meu requerimento não seria colocado em votação, mas que o ministro viria. É evidente que eu vou fazer as perguntas que justificaram a convocação dele”, diz Alvaro Dias.

Mantega costuma ir periodicamente à CAE para tratar da situação econômica do país. Dessa forma, a visita dele ao Senado não constitui uma novidade. Passadas seis semanas desde a demissão de Luiz Felipe Denucci, o assunto já esfriou. Apenas um desempenho desastroso de Mantega poderia trazer o caso de volta às manchetes. O petista deve evitar o confronto e dizer que, embora tenha sido alertado em 2010 sobre as irregularidades do subordinado, não tinha qualquer prova que pudesse justificar a demissão de Denucci naquele momento.

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