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Dilma prepara terreno para volta da CPMF

Em discurso na abertura do Congresso do PT, a presidente citou os gastos insuficientes no setor e enfatizou a necessidade de mais recursos para a saúde

Por Gabriel Castro
2 set 2011, 21h48

Discursando na abertura do Congresso do PT, a presidente Dilma Rousseff voltou a enfatizar nesta sexta-feira a necessidade de mais recursos para a saúde, em uma nova mostra de que prepara o terreno para a criação de um imposto aos moldes da CPMF. As declarações foram feitas no momento em que a Câmara dos Deputados discute a regulamentação da Emenda 29, que trata do tema.

“É um absurdo que a saúde privada nesse país gaste duas vezes e meia mais per capita do que a saúde pública”, disse a presidente, que completou: “Por isso, eu defendo que a saúde no Brasil exige – e não sou só eu são os 40 milhões que nós tiramos da pobreza – recursos e gestão”.

A presidente também citou números para sustentar seu ponto de vista: “É um absurdo que um país desse tamanho, com a importância que tem, com seus 190 milhões de brasileiros, possa gastar (com a saúde) 42 % per capita menos que a Argentina e 27% per capita menos que o Chile”. As declarações coincidem com afirmações recentes do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). De acordo com ele, o Planalto aceita a criação de um tributo para financiar a saúde.

Como faz sempre que discursa ao lado de seu antecessor, Dilma também fez questão de ligar sua imagem à de Luiz Inácio Lula da Silva: “Eui estou firmada sobre uma pedra muito sólida, que é a experiência de oito anos de um governo do qual eu tive a honra de participar. Não há herança, porque eu ajudei a construir essa pedra. Os erros e acertos dela são meus erros e meus acertos”, disse ela, ao rechaçar a tese de que recebeu uma “herança maldita” em setores como a economia.

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A petista, cujo discurso encerrou a cerimônia, também tratou da corrupção. E o tom adotado foi de cautela: a presidente declarou que o tema não será uma meta de seu governo: “Eu acredito que a justiça não se faz nem com caça às bruxas, nem com colocação de pessoas à execração pública”. Dilma também elogiou a atuação da Polícia Federal e dos órgãos de controle a partir do governo Lula.

O discurso da presidente foi morno: não chegou a entusiasmar as centenas de militantes presentes. Dilma encerrou sua fala prometendo criar a Comissão da Verdade e atuar de forma “firme” na defesa dos direitos humanos.

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