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Dilma bate recorde de partidos aliados em ministérios

Presidente fatiou as 39 pastas da Esplanada entre dez legendas, mas não deve garantir um Congresso mais dócil

Por Da Redação
2 jan 2015, 09h36

O ministério que a presidente Dilma Rousseff montou para seu segundo governo contempla dez partidos da base aliada em 39 pastas. São três partidos a mais do que os sete do início do seu primeiro governo. Na época, eram 37 os ministérios – as secretarias da Aviação Civil e da Micro e Pequena Empresa, com status ministerial, foram criadas depois. A primeira abrigou o PMDB, e a segunda, o PSD.

Como Dilma levou para o governo também o PRB, que assumiu a pasta da Pesca em 2012, e perdeu o PSB, que rompeu com seu governo em 2013, ela terminou o primeiro mandato com oito partidos na base. Ao chegar aos dez, agora, bate o recorde no número de siglas no apoio parlamentar a um presidente em toda a história republicana.

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O amplo leque de legendas ao seu redor, no entanto, não vai garantir a Dilma um apoio numérico maior do que o anterior. Pelo contrário. Quando iniciou o governo, em 2011, a base de Dilma tinha 394 deputados (76,8% do total). A atual, montada em cima de uma dezena de partidos, terá 329 (64,1%). A diferença no tamanho da base se deve à fragmentação partidária no Parlamento e ao fato de a oposição ter crescido na última eleição e o governo encolhido. O PT, por exemplo, caiu de uma bancada de 86 para setenta agora.

Quando assumiu o primeiro mandato, em 2011, Dilma herdou do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva doze ministros. Desta vez, montou um ministério com poucos integrantes ligados a Lula, entre eles o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro – os dois últimos remanescentes de primeiro mandato da presidente.

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Para montar uma equipe que contemplasse mais partidos da base aliada e tivesse menos nomes ligados a Lula, Dilma enfrentou muitas críticas. Principalmente as vindas de dentro do próprio PT. O senador Jorge Viana (AC), por exemplo, que é amigo de Lula, disse que a fórmula usada pela presidente “é um câncer”. Ele lembrou que Dilma não vai disputar a reeleição. Portanto, na sua visão, ela não precisaria ter agido assim, porque “certamente vai ficar refém dos partidos no Congresso”.

Lista de ministros do segundo governo Dilma:

Fazenda – Joaquim Levy

Planejamento – Nelson Barbosa

Banco Central – Alexandre Tombini

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Armando Monteiro Neto (PTB)

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Agricultura – Kátia Abreu (PMDB)

Ciência e Tecnologia – Aldo Rebelo (PCdoB)

Educação – Cid Gomes (Pros)

Minas e Energia – Eduardo Braga (PMDB)

Defesa – Jacques Wagner (PT)

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Aviação Civil – Eliseu Padilha (PMDB)

Esporte – George Hilton (PRB)

Cidades – Gilberto Kassab (PSD)

Portos – Edinho Araújo (PMDB)

Turismo – Vinícius Lages

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Cultura – Juca Ferreira

Pesca – Helder Barbalho (PMDB)

Igualdade Racial – Nilma Gomes

Transportes – Antonio Carlos Rodrigues (PR)

Integração Nacional – Gilberto Occhi (PP)

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Secretaria-Geral da Presidência – Miguel Rossetto (PT)

Desenvolvimento Agrário – Patrus Ananias (PT)

Relações Institucionais – Pepe Vargas (PT)

Previdência – Carlos Gabas (PT)

Comunicações – Ricardo Berzoini (PT)

Controladoria-Geral da União – Valdir Simão

Casa Civil – Aloízio Mercadante (PT)

Justiça – José Eduardo Cardozo (PT)

Saúde – Arthur Chioro (PT)

Trabalho e Emprego – Manoel Dias (PDT)

Meio Ambiente – Izabella Teixeira

Direitos Humanos – Ideli Salvatti (PT)

Políticas para as Mulheres – Eleonora Menicucci

Gabinete de Segurança Institucional – General José Elito Siqueira

Desenvolvimento Social – Tereza Campello

Comunicação Social – Thomas Traumann

Assuntos Estratégicos – Marcelo Neri

Advocacia-Geral da União – Luís Inácio Adams

Micro e Pequena Empresa – Guilherme Afif Domingos (PSD)

(Com Estadão Conteúdo)

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