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Dilma anuncia mais sete ministros

PR permanece no comando dos Transportes e Ricardo Berzoini assumirá Comunicações. A três dias da posse, quinze nomes permanecem indefinidos

Por Gabriel Castro e Laryssa Borges, de Brasília
29 dez 2014, 18h06

O Palácio do Planalto confirmou nesta segunda-feira mais sete nomes da nova equipe ministerial da presidente Dilma Rousseff. Na nova fase da reforma ministerial, Antonio Carlos Rodrigues (PR) assumirá o Ministério dos Transportes, Gilberto Occhi (PP) comandará a Integração Nacional, Miguel Rossetto (PT) a Secretaria-Geral da Presidência, Patrus Ananias (PT) ficará com a pasta do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT) será ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini (PT) das Comunicações e Carlos Gabas (PT) foi o escolhido para a Previdência Social. Até o momento foram anunciados 24 ministros; a três dias da posse ainda restam quinze pastas para serem preenchidas.

Rodrigues, atual presidente do PR, é vereador em São Paulo e suplente de Marta Suplicy (PT) no Senado. Occhi ocupa interinamente o cargo de ministro das Cidades. Rossetto, que coordenou a campanha de Dilma pela reeleição, é ministro Desenvolvimento Agrário. O cargo também foi ocupado por Pepe Vargas, que se reelegeu deputado federal. Patrus Ananias assumiria um mandato na Câmara em fevereiro de 2015. Berzoini é o atual ministro de Relações Institucionais e Gabas ocupa o cargo de secretário-executivo da Previdência.

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A costura do novo primeiro escalão do governo reeleito de Dilma Rousseff leva em conta a necessidade de manter partidos políticos no leque de apoio do governo, contemplar o PT, quitar faturas de apoios ofertados ao longo da campanha à reeleição e agraciar aliados derrotados no processo eleitoral – na última semana ela já havia confirmado o senador Eduardo Braga e o ex-prefeito Helder Barbalho, derrotados nas urnas, como novos ministros peemedebistas.

A decisão de alocar o petista Ricardo Berzoini, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e que atualmente coordena as relações do Executivo com o Congresso, no poderoso Ministério das Comunicações é uma espécie de contrapartida da presidente Dilma Rousseff após setores do PT terem reclamado publicamente da indicação do deputado gaúcho Pepe Vargas para a SRI. Ferrenho defensor do controle social dos meios de comunicação, Berzoini foi indicado à pasta como sucessor do ex-deputado e também petista Paulo Bernardo.

O Partido da República (PR), que havia indicado o técnico Paulo Sérgio Passos para a pasta no auge das negociações sobre a formação de alianças eleitorais, permanece com o controle do ministério, que passa agora às mãos de Antonio Carlos Rodrigues, suplente no Senado da petista Marta Suplicy e ex-presidente da Câmara Municipal paulistana.

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Em junho, às vésperas do início oficial da campanha presidencial, o PR, com o aval do mensaleiro Valdemar Costa Neto, forçou a presidente Dilma Rousseff, a trocar o comando da pasta em um dos mais claros exemplos das espúrias negociações que envolvem a conquista de apoio de aliados. Depois de exigir que o ex-senador César Borges fosse realocado para a Secretaria de Portos e Passos nomeado mais uma vez ministro dos Transportes, o PR formalizou apoio à campanha da então candidata petista à reeleição e transferiu à presidente mais 1 minuto e 8 segundos de propaganda eleitoral no rádio e na TV.

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Além da troca de comando nos Transportes, nesta fase da reforma deixa a Esplanada dos Ministérios o senador Garibaldi Alves Filho, ex-presidente do Senado que agora retorna ao Congresso. Entre os petistas, o ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula, Gilberto Carvalho, atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, deixa o Palácio do Planalto e, a partir de 2015, vai assumir a presidência do conselho nacional de administração do Serviço Social da Indústria (Sesi). Nesta sexta-feira, Carvalho já fará a transmissão de cargo ao sucessor, Miguel Rossetto. O interino Francisco Teixeira, que ocupava o Ministério da Integração Nacional, e o técnico Paulo Sérgio Passos, que comandava os Transportes, também deixam o governo, ainda sem destino certo.

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Dilma já havia anunciado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento, Alexandre Tombini para o Banco Central, Armando Monteiro Neto (PTB) para o Desenvolvimento, Kátia Abreu (PMDB) para a Agricultura, Gilberto Kassab (PSD) para as Cidades, Helder Barbalho (PMDB) para a Pesca, George Hilton (PRB) para o Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB) para a Ciência e Tecnologia, Cid Gomes (PROS) para a Educação, Eduardo Braga (PMDB) para as Minas e Energia, Jacques Wagner (PT) para a Defesa, Eliseu Padilha (PMDB) para a Aviação Civil, Edinho Araújo (PMDB) para os Portos, Vinícius Lages para o Turismo, Nilma Gomes para a Igualdade Racial e Valdir Simão para a Controladoria-Geral da União. Todos tomarão posse em 1º de janeiro.

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