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Dez são executados na Grande SP após morte de PM

Polícia apura se há relação entre os homicídios e a morte de um PM em Osasco

Por Da Redação
7 fev 2013, 08h09

Dez pessoas foram mortas a tiros entre a terça-feira e a quarta-feira em Osasco, Carapicuíba e Jandira, na Região Metropolitana de São Paulo. Os crimes, todos com características de execução, foram cometidos após o assassinato do policial militar Luiz Carlos Nascimento Costa, de 41 anos, em uma farmácia na região central de Osasco. A polícia apura se há relação entre os homicídios e a morte do policial.

Costa foi executado às 7h40 de terça-feira, com quatorze tiros de pistola 9 mm no rosto, quando saía de carro de uma farmácia. O policial estava afastado das ruas, em serviço interno, depois de se envolver em ocorrências que terminaram com a morte de suspeitos. O atirador conseguiu fugir em uma moto, acompanhado de um comparsa. Testemunhas contam que policiais que estavam de folga foram até o local do crime para prestar solidariedade. A execução poderia ser uma vingança pelo fato de o PM ter matado uma pessoa envolvida com o tráfico de drogas na região. A polícia divulgou retrato falado do acusado de matar Costa.

No fim da tarde, às 17h30, teve início a onda de crimes em Osasco. Os irmãos Antônio Ferreira dos Santos, de 27 anos, e Fábio Lima dos Santos, de 32, ambos chaveiros, foram baleados na Avenida Brasil, no bairro Rochdale, por homens em um carro preto. O último não resistiu aos ferimentos e morreu.

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À noite, às 23h30, no Jardim Padroeira, três irmãos foram mortos a tiros na Rua Sizenando Gomes de Sá. Jefferson Borges dos Santos, de 15 anos, Elias Borges de Almeida, de 18, e Wellington Borges de Almeida, de 21, foram baleados enquanto conversavam com outros rapazes. Segundo testemunhas, homens em um Prisma preto, escoltados por duas motos, dispararam mais de trinta tiros em direção ao grupo na Alameda Perseverança.

De acordo com a mãe das vítimas, a empregada doméstica Marcilene Borges, de 39 anos, apenas o mais velho, Wellington, tinha antecedente criminal, por furto. “Elias era evangélico, nunca teve problema com a polícia. Eles estavam no lugar errado, na hora errada”, disse.

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Após a chacina, quatro pessoas foram baleadas na Rua Olívio Basílio Marçal, no Jardim Cirino, mas sobreviveram. Em Carapicuíba, outras quatro pessoas foram mortas. Por volta das 16h, na Rua Benedita Dionísia, o empresário Maurício Navarro, de 35 anos, estava em um Hilux prata quando quatro suspeitos, em duas motos, atiraram contra ele. Navarro tinha antecedentes criminais. Mais tarde, na Rua Mauá, Alex Oliveira Candido, de 28 anos, foi assassinado por homens em um Civic preto. Às 2h de quarta-feira, o montador Francisco Bento Dutra, de 49 anos, e uma mulher não identificada foram mortos dentro de um barraco no Jardim Tonato. Um cabeleireiro de 31 anos e um conferente, de 18, foram baleados por um homem encapuzado na Rua Belém, mas conseguiram sobreviver.

Em Jandira, três pessoas foram baleadas em uma padaria no bairro Fátima. O ajudante Ricardo Lisboa Pinheiro, de 27 anos, e a estudante Tayná Costa da Silva, de 17, foram encontrados mortos no local. Ambos tinham antecedentes criminais. Segundo a Secretaria da Segurança, o esclarecimento desses homicídios é prioridade. Questionada, a Polícia Militar não se manifestou até as 19h50 de quarta-feira.

No fim do ano passado, a Grande São Paulo passou por uma onda de criminalidade que terminou com dezenas de policias mortos e também civis. Em meio à onda de crimes, o então secretário estadual de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, deixou o cargo e foi substituído por Fernando Grella Vieira.

(Com Estadão Conteúdo)

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