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Deputado petista contrata irmão de André Vargas

Loester Vargas foi nomeado para um cargo de confiança no gabinete do deputado Toninho Wandscheer (PT-PR) um dia antes da prisão do seu irmão na Lava Jato

Por Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
13 abr 2015, 17h26

Deputado de primeiro mandato, Toninho Wandscheer (PT-PR) nomeou na quinta-feira passada Loester Vargas Ilário, irmão do ex-petista e deputado cassado André Vargas (sem partido-PR), para um cargo de confiança em seu gabinete. A contratação se deu um dia antes da prisão de André Vargas na 11ª etapa da Operação Lava Jato, justamente por uma fraude milionária articulada em parceria com outros dois irmãos – Milton e Leon Vargas.

Conforme publicado no suplemento da Câmara, Loester Vargas exercerá a função de secretário parlamentar – contratado por indicação, não por concurso público. Ele receberá um salário de 4.720 reais e atuará no escritório de Wandscheer em Curitiba. A contratação do irmão de André Vargas é uma espécie de retribuição: em 29 de setembro do ano passado, na reta final da campanha eleitoral, ele doou 11.000 reais para a campanha de Toninho à Câmara Federal.

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Quem procurar por Leoster na Casa terá dificuldades. Não há nenhum telefone registrado em sua ficha cadastral. Assessores de Toninho informaram que os contatos da família Vargas foram trocados em meio à investigação da Polícia Federal. Questionada sobre os critérios da contratação do irmão de Vargas, a assessoria de imprensa do deputado afirmou que ele somente se pronunciará na terça-feira.

Loester foi Secretário de Meio Ambiente do município de Araucária (PR) – posto do qual foi demitido três meses após a nomeação. Em seguida, em julho do ano passado, assumiu a direção da Companhia de Habitação da cidade paranaense.

Lava Jato – Primeiro parlamentar flagrado em negociatas com o doleiro Alberto Youssef, André Vargas foi preso na última sexta-feira em decorrência da investigação sobre desvios de dinheiro envolvendo contratos na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde. Somente na Caixa, Vargas faturou pelo menos 50 milhões de reais em contratos firmados entre o banco e a empresa IT7 Sistemas, da qual Leon Vargas foi sócio. O Ministério Público Federal investiga se os serviços contratados pela Caixa foram, de fato, prestados.

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Além de transferências para conta bancária, as empresas da família de Vargas receberam pagamentos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde por meio de contratos com a agência de publicidade Borghi Lowe com o banco público. Ricardo Hoffmann, representante da Borghi Lowe, também foi preso na última sexta.

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