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Delegação brasileira fala em retaliação por impeachment e abandona reunião do Mercosul

Parlamentares brasileiros foram posicionados nas últimas cadeiras no evento, o que foi interpretado como uma ação deliberada do presidente do Parlasul para constrangê-los

Por Da Redação 25 abr 2016, 13h50

A cerimônia de comemoração aos 25 anos do Mercosul começou nesta segunda-feira com um mal-estar entre a delegação brasileira e o presidente do Parlasul, o argentino Jorge Taiana. Compondo uma delegação de catorze representantes ao evento, realizado no Uruguai, os parlamentares brasileiros foram posicionados nas últimas cadeiras, atrás mesmo dos assessores técnicos das demais delegações. O isolamento provocou desconforto no grupo, acostumado a figurar entre as primeiras fileiras, e provocou imediata reação: a saída em debandada da cerimônia, ficando apenas os deputados petistas Ságuas Moraes (MT) e Benedita da Silva (RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).

O lugar reservado à delegação foi visto como uma retaliação por parte do presidente do Parlasul, que nos últimos dias classificou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff como um “golpe parlamentar”, comparando-o à destituição de Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai, e ainda afirmou que a ação é um esforço da direita para desestabilizar o governo e evitar o retorno de Lula à Presidência em 2018. Taiana foi ministro de Relações Exteriores no governo Kirchner entre 2005 e 2010.

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“Não cabe a ele fazer esse tipo de julgamento, a não ser que tivesse sido produto de algum debate”, afirmou ao site de VEJA o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos que deixaram a cerimônia. “O presidente do Parlasul se rebaixou a um militante do PT. Ele deveria honrar o cargo e não se intrometer nas decisões das nossas instituições”, disse o deputado Marcelo Aro (PHS-MG). “A localização da nossa delegação tem uma simbologia muito grande. Ele quis dar um recado muito claro de retaliação ao processo de impeachment, e ele não tem o direito de nos retaliar”, continuou o congressista.

Conforme os relatos, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da delegação, concordou com a retirada do grupo. O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ainda tentou contornar o mal-estar diplomático e pediu o retorno do grupo à cerimônia, mas não foi atendido.

Os parlamentares estudam a elaboração de uma nota de repúdio ao presidente do Parlasul Jorge Taiana. O evento no Uruguai termina nesta terça-feira após a reunião de sessões plenárias. “Nós vamos reagir”, promete o presidente do PTB, Benito Gama (BA).

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