O ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado, Delcídio do Amaral (MS), envolveu os ex-ministros da Fazenda Antônio Palocci (governo Lula) e Pedro Malan (governo FHC) em ilicitudes na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O senador, que está prestes a deixar PT, acusou Palocci de ter intercedido na Petrobras para manter no cargo o ex-diretor de Abastecimento Rogério Manso, a pedido de Malan. No acordo de colaboração premiada homologado nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal, o senador conta que Rogério Manso facilitaria atos ilícitos da estatal, na negociação internacional de barris de petróleo. Conforme ele, a diretoria é uma das mais “cobiçadas” porque comercializa cerca de 300.000 barris de petróleo leve ao dia – avaliados em cerca de 10 milhões de dólares. “Delcídio sabe que as operações financeiras são todas feitas em Londres através de “brokers”, tal modo de comercialização permite que pequenas variações no preço do petróleo representem altos ganhos aos seus principais operadores, dando azo a um terreno fértil para várias ilicitudes, vez que os preços podem ser alterados artificialmente”, diz trecho da delação. “Delcídio do Amaral sabe que a permanência de Rogério Manso na Diretoria de Abastecimento buscava manter esse quadro de ilicitude. A manutenção de Manso foi “bancada” pelo então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a pedido do ex-ministro Pedro Malan.” (Felipe Frazão, de Brasília)