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Delator do petrolão, Paulo Roberto Costa pede perdão judicial

Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras alega que merece benefício, considerada a relevância das provas que ofereceu contra políticos

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 fev 2015, 19h39

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apresentou à Justiça pedido de perdão judicial por considerar que suas revelações sobre o esquema do petrolão tiveram relevância suficiente para lhe garantir o benefício. De acordo com o advogado João Mestieri, suas informações foram as mais “completas” e somente com esses dados os investigadores teriam conseguido mapear os tentáculos da organização criminosa que sangrou os cofres da estatal do petróleo. Na homologação do acordo de delação premiada, Costa concordou, por exemplo, em devolver todo o dinheiro que desviou para contas bancárias no exterior, uma casa de praia em Mangaratiba, no litoral fluminense, e uma lancha, bens adquiridos com dinheiro da corrupção.

“A delação levada a efeito por Paulo Roberto Costa foi verdadeira, séria, completa e está se comprovando haver sido efetiva, e decisiva para o sucesso da Operação Lava Jato. A delação aqui tratada foi a primeira, foi a delação que inauguraria uma série de outras, de menor ambiência e importância, porém complementares e que demonstraram a veracidade do que havia sido afirmado e a extensão, quase inacreditável, das mazelas praticadas”, disse a defesa.

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Costa foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em agosto, conseguiu o direito de cumprir prisão domiciliar em função da celebração de acordo de delação premiada, pelo qual se comprometeu a revelar detalhes sobre a movimentação financeira do esquema, com provas contra autoridades e políticos que receberam propina, além de apontar empresários e o método de funcionamento do Clube do Bilhão, cartel de empreiteiras que fraudava contratos da Petrobras.

Ao pedir o perdão judicial, Costa ensaiou um discurso de que era um empresário “exemplar” e “pai de família”, fez uma defesa do direito de ter feito o acordo de colaboração com a Justiça e até repisou o argumento, exposto na CPI mista da Petrobras, de que estava arrependido de ter integrado o mega esquema de corrupção na estatal. “O homem, pai de família, Paulo Roberto, estava enojado, arrependido não só de ter recebido apoio político, mas de seus atos e do sofrimento que estava a causar à família”, relata a defesa.

Para reforçar o pedido de perdão judicial, Paulo Roberto Costa disse que confirmava todas as informações que repassou à Polícia Federal e ao Ministério Público. Afirmou que suas revelações podem esclarecer todas as suspeitas contra réus da Operação Lava Jato e até outros processos “que porventura venham a ser inaugurados”.

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