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Delator do ‘petrolão’ diz ter recebido R$ 1,5 mi na compra de Pasadena

Segundo 'Jornal Nacional', Paulo Roberto Costa relatou a investigadores esquema de propina envolvendo a compra da refinaria

Por Da Redação
19 set 2014, 10h26

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator do megaesquema de corrupção instalado na estatal, afirmou em depoimento prestado em acordo de delação premiada que recebeu 1,5 milhão de reais em propina no processo de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. As informações foram divulgadas na noite desta quinta-feira pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. A investigadores, Costa teria relatado o funcionamento de um esquema de corrupção na compra da refinaria.

Em junho, despacho do juiz federal Sérgio Fernando Moro colocou o ex-diretor no caminho da investigação sobre crimes na aquisição de Pasadena. Moro deferiu o pedido de compartilhamento de provas entre a Operação Lava-Jato da Polícia Federal e a investigação referente à aquisição da refinaria. A decisão fala da “possível participação” de Paulo Roberto Costa em “ilícitos envolvendo a aquisição pela Petrobras da Refinaria Pasadena”.

Em VEJA desta semana: O PT sob chantagem

Na quarta-feira, Costa foi conduzido a Brasília para ser ouvido pela CPI da Petrobras, mas não falou uma palavra aos parlamentares. Afirmou aos integrantes da comissão de inquérito que usaria o direito de permanecer calado – e evitar produzir provas contra si. Uma articulação de PT e PMDB sepultou qualquer chance de que Costa, delator do esquema de corrupção na Petrobras, contasse o que sabe ao Congresso Nacional. Quando a oposição tentou transformar a sessão aberta em secreta, para tentar convencer o depoente a falar, os governistas se opuseram.

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Preso no Paraná, o ex-executivo da estatal, cujos passos assombram o Palácio do Planalto e uma constelação de políticos, foi levado ao Congresso por determinação da Justiça – usava terno, gravata e deixou o bigode. Por não ser acusado de praticar crimes com violência ou ameaça grave na Lava-Jato, Paulo Roberto Costa não foi algemado. Já havia a expectativa de que Paulo Roberto Costa se negasse a comentar as informações que repassou à Polícia Federal como parte de um acordo de delação premiada – porque isso colocaria em risco o próprio acordo dele com os investigadores, e também porque Costa já esteve na CPI e desmentiu todas as acusações. Na ocasião, chegou a afirmar que a compra de Pasadena foi “um bom negócio” para a Petrobras.

O negócio começou a ser investigado em 2013 pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) após ser revelada a diferença entre o valor pago pela empresa belga Astra pela refinaria, em 2005, e o desembolso total efetuado pela Petrobras pelo empreendimento. Após uma disputa judicial, a empresa brasileira foi obrigada a ficar com 100% da refinaria. A Petrobras admite que a compra de 100% de Pasadena – cujo valor superou 1,2 bilhão de dólares – não foi um bom negócio e causou prejuízo total de 530 milhões de dólares ao caixa da companhia.

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