Daniel Barata será intimado a depor por agressão em hotel
Ele foi reconhecido pelo jovem atingido na cabeça por um cinzeiro jogado da sacada do Copacabana Palace durante a festa de casamento da irmã Beatriz
(Atualizado às 20h15)
O primo da noiva da festa de casamento que terminou em confusão no Copacabana Palace, no último sábado, será intimado a depor na 12ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Daniel Barata – também neto de Jacob Barata, o “Rei dos Ônibus” – foi reconhecido por foto pelo jovem ferido na cabeça por ter arremessado o cinzeiro da sacada do hotel durante uma manifestação. Ruan Martins Nascimento prestou depoimento na tarde desta segunda-feira.
Radar on-line: Um casamento animado
Em suas primeiras declarações, no dia da agressão, a vítima tinha acabado de ser medicada, então não entramos em muitos detalhes. Por isso, ele foi chamado novamente”, explicou ao site de VEJA a delegada responsável pelo caso, Soraia Vaz Sant’ana. Daniel Barata aparece em uma foto jogando notas de 20 reais aos manifestantes. Segundo testemunhas, a atitude dele teria aumentando a tensão durante o protesto, dando origem ao tumulto. Em sua página no Facebook, ele se desculpa por ter atirado o dinheiro mas nega a agressão.
Leia também:
Leia também: Casamento de neta do ‘rei do ônibus’ é alvo de protesto
A pessoa que arremessou o cinzeiro agiu de forma irresponsável. Ela sabia que existiam pessoas na calçada, ou seja, lançou para atingir alguém. O objeto era grande, de vidro, e poderia ter provocado um traumatismo craniano e até mesmo a morte de uma pessoa”, destacou Soraia, que já requisitou as imagens de circuito interno do Copacabana Palace para confirmar se Daniel é mesmo o agressor de Ruan. Também foi solicitada a lista dos seguranças e dos convidados da festa de casamento.
Leia mais:
Leia mais: Polícia pede imagens de protesto no Copacabana Palace
Na noite desta segunda-feira, a família Barata disse que “lamenta os episódios que cercaram o que deveria ser uma cerimônia religiosa e familiar”. A nota oficial acrescenta: “Somos contra quaisquer gestos de agressão, os quais precisam ser identificados e punidos. Todavia, a liberdade de expressão não pode servir de excusa para as ofensas morais e as ameaças sofridas pelos noivos e seus convidados. Além do constrangimento, merece registro a violência contra as pessoas presentes, recebidas com ovos e pedras, e muitas delas tendo seus carros particulares danificados”.