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Dados de Verônica Serra foram acessados duas vezes

Investigação descobriu que o sigilo da filha de Serra foi quebrado também em Mauá

Por Da Redação
7 set 2010, 07h17

Uma investigação da Corregedoria da Receita Federal descobriu que os dados fiscais de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foram violados duas vezes. O mais recente acesso descoberto ocorreu na agência da Receita em Mauá, na Grande São Paulo, no dia 8 de outubro de 2009 – mesma data em que foram quebrados os sigilos de cinco dirigentes tucanos.

Até agora, só se sabia que os dados de Verônica haviam sido acessados na sede da Receita em Santo André, no ABC paulista, também em outubro de 2009. Na ocasião, os dados foram obtidos por meio de uma falsa procuração entregue pelo contador Antonio Carlos Atella, que se filiou ao PT em 2003 e esteve em situação regular no partido durante seis anos.

Os dados de Verônica, assim como os de Luiz Carlos Mendonça de Barros, do empresário Gregório Marin Preciado (casado com uma prima de Serra), de Ricardo Sérgio Oliveira – ex-diretor do Banco do Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso – e do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, foram acessados pelo computador as servidora Adeilda Ferreira.

Na segunda-feira, a Superintendência da Receita Federal informou devolveu a servidora Adeilda ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), seu órgão de origem. A nota oficial não explica o motivo do afastamento da funcionária, mas fontes confirmam que o comando da Receita estaria incomodado com o comportamento dela e declarações que deu à imprensa.

Adeilda tornou-se alvo de um processo administrativo da Corregedoria da Receita quando ficou confirmado que dados fiscais sigilosos de tucanos foram acessados da máquina da funcionária, que estava emprestada para uma agência da Receita Federal em Mauá (SP).

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Reação – O PT anunciou que pedirá à Polícia Federal uma investigação sobre o envolvimento do jornalista Amaury Ribeiro Júnior nas quebras de sigilo. Em entrevista em Brasília, o presidente nacional do partido negou envolvimento de Amaury com a campanha de Dilma. “Não podemos ser responsabilizados”, afirmou. O PT tenta atribuir a responsabilidade pelos dossiês a pessoas ligadas ao ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), que em 2009 disputava com José Serra a indicação do partido para concorrer à Presidência.

Tucanos – Em resposta às ações do PT nacional, a cúpula tucana divulgou ainda uma nota à imprensa na noite desta segunda em que classifica como “rasteiras e fantasiosas” as explicações apresentadas pela Receita e pelo PT. “A nova tentativa de desviar a atenção da imprensa e da opinião pública reforça a percepção que todos temos de que as ações criminosas ocorridas no âmbito da Receita Federal têm claras motivações políticas”, afirma a nota, assinada por Sérgio Guerra. O comunicado evoca escândalos atribuídos ao PT, como a confecção de um dossiê contra a ex-primeira-dama Ruth Cardoso e o episódio dos Aloprados, na eleição presidencial de 2006.

Para Sérgio Guerra, o PT tenta usar Amaury como bode expiatório. “É ação de uma comunidade subterrânea, que quer sempre jogar a culpa em alguém.” O dirigente tucano descartou qualquer envolvimento de Aécio no episódio. “É conversa. Eles tentam espalhar isso para prejudicar Aécio, que vai vencer as eleições em Minas”, disse Guerra. O mineiro concorre ao Senado pelo estado.

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