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Da tribuna, Aécio condiciona diálogo à investigação sobre petrolão

Senador voltou nesta quarta-feira a discursar no Congresso. Ele fez duros ataques ao PT e ao governo Dilma Rousseff

Por Gabriel Castro, de Brasília
5 nov 2014, 16h45

Aécio: “Nós assistimos, senhoras e senhores, ao despertar de um novo país. Sem medo, crítico, mobilizado, com voz e convicções, que não aceita mais o discurso e a propaganda que tenta justificar o injustificável”

O senador Aécio Neves completou nesta quarta-feira o roteiro previsto para reforçar seu papel como líder da oposição: em um pronunciamento feito na tribuna do Senado, ele deixou claro que, impulsionada pelos 51 milhões de votos nos tucanos no segundo turno, a postura da oposição deve ser muito mais dura no segundo mandato.

No discurso, Aécio condicionou o diálogo com a presidente Dilma à apresentação de propostas e ao compromisso do governo com a investigação completa dos desvios na Petrobras. “Agora os que foram intolerantes durante doze anos falam em diálogo. Pois bem: qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas que atendam aos interesses dos brasileiros e, principalmente, tem que estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história do país, já conhecido como petrolão”.

Em seu pronunciamento, Aécio atacou os métodos usados pelo PT na campanha, com o uso de boatos e ofensas pessoais para atingir os adversários. “Mostraram que não enxergam limites na luta para se manter no poder. A má-fé com que travaram a disputa chegou às raias do impensável, do absurdo e agrediu a consciência democrática do país”, disse ele.

O tucano mencionou especificamente a campanha do medo sobre o possível fim do Bolsa Família. “Espalharam o medo entre pessoas humildes, manipularam o sentimento de milhares de famílias negando-lhes o livre exercício da cidadania. Essa intimidação e essa violência só têm paralelo em regime que demonstram muito pouco apreço pela democracia”.

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Aécio também ressaltou o que, na visão dele, foi o lado positivo da campanha: o crescimento da militância contra o governo. “Nós assistimos, senhoras e senhores, ao despertar de um novo país. Sem medo, crítico, mobilizado, com voz e convicções, que não aceita mais o discurso e a propaganda que tenta justificar o injustificável”, afirmou.

O tucano disse que nunca havia subido a uma tribuna no Congresso com tamanha carga de responsabilidade quanto nesta quarta-feira. E prosseguiu: “Quero aqui, do alto desta responsabilidade, reafirmar (…) que, de todas, a mentira foi a principal arma dos nossos adversários. Mentiram sobre o passado para desviar a atenção do presente. Mentiram para esconder o que iriam fazer tão logo passassem as eleições. Fomos acusados de propostas que jamais fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a história, sempre nos reservando o papel de vilões que jamais fomos e não somos”.

O senador tucano mencionou ainda a resolução que o PT divulgou na quarta-feira, defendendo o controle da mídia, a democracia direta e a construção de uma “hegemonia”. “Precisamos estar atentos aos nossos adversários, que, poucos dias depois das eleições, divulgam um documento oficial ao país que mostra sua verdadeira face: a da intolerância, a da supressão das liberdades, a dos ataques às instituições”, disse ele.

O tucano continuou: “Nossos adversários de novo não se constrangem em propor um projeto que se pretende hegemônico, o oposto daquilo que a democracia pressupõe: liberdade de escolha, alternância de poder”. Aécio encerrou o discurso dirigindo-se a seus eleitores: “Digo em nome dos nossos companheiros de oposição. Agora e a cada dia dos próximos anos estaremos presentes”.

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