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Cunha minimiza rebelião: ‘Câmara não ficará paralisada’

Peemedebista afirma que não se constrange com movimento multipartidário para obstruir votações em protesto pela sua saída

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 nov 2015, 18h55

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), minimizou os planos de um grupo multipartidário de entrar em obstrução para pressioná-lo a deixar o comando da Casa. Parlamentares do PSDB, PPS, DEM, Rede, PSOL e PCdoB planejam uma estratégia para esvaziar o plenário e tirar de Cunha as condições políticas para continuar no posto. Eles devem se reunir nesta terça-feira para definir quais providências tomar.

Em entrevista nesta segunda-feira, Cunha minimizou o esforço do grupo: falou que esses deputados atualmente já obstruem a Casa e que não têm número suficiente para impedir as votações. “A Câmara não vai ficar paralisada”, afirmou. “Se quiserem ficar aqui obstruindo o tempo inteiro, significa que a Casa não quer votar, então não vote. Esse é um problema que a Casa vai decidir. Não vou me constranger com essa possibilidade. Vamos continuar votando”, continuou o peemedebista.

Na semana passada, Cunha foi alvo de uma rebelião de deputados após ele e seus aliados entrarem em campo para barrar o andamento de seu processo de cassação no Conselho de Ética. A medida ensejou uma série de questionamentos em plenário e ações na Procuradoria-Geral da República pedindo pelo seu afastamento da presidência.

Mesmo pressionado, o peemedebista disse não ver diferença nas iniciativas de seus opositores entre as já colocadas em prática e afirmou que não há crise na Câmara. “Estou vendo a mesma campanha, pelos mesmos adversários, que fazem rodízio para fazer os mesmos discursos, cada hora com uma motivação diferenciada”, minimizou.

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“Eu fui eleito e o momento da minha eleição acabou. Naquele momento eu tive maioria absoluta sem o PT, sem o PSOL e o PSDB. Se eles estão questionando, podem questionar à vontade. Mas a legitimidade da eleição ninguém pode tirar. Vou continuar exercendo igualzinho o que eu estava exercendo até agora”, disse o presidente da Câmara.

Recursos – Alvo de uma ação por quebra de decoro que pode levá-lo à cassação, Cunha voltou a acusar o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), e o relator, Fausto Pinato (PRB-SP), na condução do processo. Ele admite a possibilidade de sua defesa ingressar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para recorrer contra os trabalhos do Conselho de Ética.

A medida é mais uma forma de protelar um desfecho sobre o processo. Depois do conselho, a ação seguiria diretamente para análise em plenário. Se passar na comissão, pode se arrastar por mais alguns meses. A ideia de Cunha é conseguir se manter no cargo até o fim do mandato, em 2017.

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