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Cunha contesta decisões do STF sobre impeachment

Peemedebista afirmou que respeita o posicionamento da corte, mas destacou que algumas medidas adotadas pelos ministros podem contrariar artigos do regimento da Câmara

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 dez 2015, 21h54

Vinte e quatro horas após comemorar o posicionamento do ministro Edson Fachin e demonstrar confiança de que o Supremo Tribunal Federal confirmaria o trâmite adotado pela Câmara sobre o processo de impeachment, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diante da derrota na corte, afirmou que respeita a decisão, mas anunciou que estuda recorrer em alguns pontos. Para o peemedebista, os ministros mudaram o entendimento aplicado no processo do ex-presidente Fernando Collor e as medidas determinadas pela corte podem contrariar artigos previstos no regimento interno da Casa.

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Nesta quinta-feira, o STF se debruçou sobre o rito a ser aplicado durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os ministros derrubaram as últimas decisões da Câmara, entre elas a chapa alternativa criada para disputar a eleição para a comissão especial que analisará a ação, a possibilidade de voto secreto na eleição dos membros do colegiado e a de candidatura avulsa, isto é, sem a indicação dos líderes partidários. A contragosto do governo, os deputados elegeram para a comissão especial uma chapa considerada rebelde e com integrantes com tendência a apoiar o impeachment de Dilma.

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Chapa avulsa – Cunha destacou outros casos na Câmara em que foram eleitos candidatos avulsos e questionou qual procedimento adotar se a chapa oficial não for eleita. “Eleição pressupõe que tenha aprovação. A pergunta que fica no ar é a seguinte: se o plenário rejeitar a chapa única, como vai ficar?”, disse o peemedebista. “Não se pode obrigar ninguém a eleger [alguém]. Se fosse uma indicação, uma comissão constituída, aí sim. Quando a lei fala ‘eleita’ e pressupõe eleição, pressupõe-se disputa e voto para eleger. Caso contrário deixa de ser eleição e passa a ser referendo”, continuou. Para o peemedebista, a decisão dos ministros pode tornar “inócuos” artigos do regimento da Câmara.

Entre os pontos que também precisam ser esclarecidos, para Cunha, também está a aplicação voto aberto – em quais situações os posicionamentos seriam revelados ou mantidos sob sigilo. “Como faremos eleição da Mesa, de comissões permanentes e de comissão especial? Se o STF tivesse decidido que é inconstitucional a eleição secreta, estaria resolvido e a gente entenderia que todas as eleições serão abertas. Mas é eleição ou referendo? E em não aceitando [os candidatos], vamos fazer o quê?”, afirmou. “Tudo vai precisar ser esclarecido, isso interfere no funcionamento regular da casa”, disse o peemedebista.

O presidente da Câmara convocou uma reunião com líderes partidários para segunda-feira para discutir com os demais deputados quais providências podem ser tomadas. Uma das possibilidades ventiladas pelo peemedebista seria ingressar com embargos no Supremo Tribunal Federal.

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