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Cronologia: relembre os principais fatos do Caso Bruno

Como um ídolo do futebol foi parar no banco dos réus, acusado de matar a ex-amante com a ajuda de parentes, amigos e duas de suas outras mulheres

Por Da Redação
21 nov 2012, 15h52

Cronologia do caso Bruno

2008 No fim do ano, Eliza Samudio se muda de São Paulo para o Rio de Janeiro. Natural de Foz do Iguaçu, no Paraná, tentava a carreira de modelo. Em uma festa, conhece Bruno Fernandes, goleiro do Flamengo, ainda casado com Dayanne de Souza, com quem tem duas filhas. 2009 Junho – Depois de um breve namoro com Bruno, Eliza descobre que está grávida e procura o atleta para dar a notícia, que não é bem recebida.

Agosto – Eliza vai à Justiça pedindo reconhecimento de paternidade.

Outubro – Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Eliza registra ocorrência de sequestro, agressão e ameaça contra Bruno, Macarrão e um policial, conhecido como Russo. Ela diz ter sido obrigada a tomar substância abortiva. Ela volta a morar em SP. (Macarrão e Bruno foram condenados a 4 anos e 6 meses de prisão por esse crime.) 2010 Fevereiro – Bruninho nasce no dia 10. O goleiro se recusa a registrá-lo e Eliza entra na Justiça. Três meses depois, ela volta ao Rio, atraída por Bruno, que promete um apartamento, uma pensão de 3.500 reais e o reconhecimento da criança.

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JUNHO – COMO BRUNO ATRAIU ELIZA PARA A MORTE

Dia 4 – Macarrão e Eliza se falam 73 vezes, uma delas enquanto o fiel escudeiro do goleiro tatuava nas costas: “Bruno e Maka; a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir; amor verdadeiro”. Às 21h07, Eliza faz o último contato com uma amiga e segue com o filho para a casa de Bruno, levada por Macarrão e um primo do goleiro, Jorge Luiz Lisboa Rosa, então com 17 anos – que a agride com uma coronhada na cabeça. Fernanda, namorada de Bruno, recebe a missão de vigiar a refém.

Dia 5 – Bruno defende o Flamengo contra o Goiás, no Maracanã. Uma hora antes de a bola rolar, já dentro do vestiário, ele fala com Macarrão para saber se tudo está bem. Após o rubro-negro ser derrotado por 2 a 1, ele volta para casa e, de lá, segue para Belo Horizonte dirigindo uma BMW alugada. Ele vai no carro com Fernanda e o bebê, enquanto Macarrão, Jorge e Eliza seguem na Range Rover do goleiro.

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Dia 6 – Por volta das 5 horas, o grupo chega a Belo Horizonte. Macarrão segue direto para o Motel Palace, em Contagem, enquanto Bruno vai a Ribeirão das Neves buscar outro primo, Sérgio Rosa Sales, e segue para o mesmo motel. Dois quartos são alugados e funcionários relatam grande movimentação entre eles. Durante cinco horas, Macarrão e Bruno se falam 17 vezes ao telefone. O goleiro sai antes e Macarrão paga a conta de 431 reais com o cartão de crédito do amigo. À tarde, antes de seguir para o sítio, Bruno vai a um jogo de futebol em Ribeirão das Neves. Eliza e o filho são levados para o sítio do goleiro, em Esmeraldas.

Dia 8 – Jorge e um amigo de Bruno, Cleiton Gonçalves, saem para levar a Range Rover a um lava-rápido, onde as manchas de sangue de Eliza seriam apagadas. A polícia, no entanto, para o carro na estrada. Por problemas de falta de pagamento de IPVA, o veículo é apreendido.

Dia 9 – Eliza faz suas duas últimas ligações: para um ex-goleiro do Atlético-MG e uma amiga em São Paulo. Diz que está tudo bem. Quebra do sigilo telefônico comprova que ela estava no sítio de Bruno.

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Dia 10 – Macarrão e Bola se falam cinco vezes. Às 20h35, Macarrão e Jorge colocam Eliza e o bebê no carro e seguem em direção à Pampulha. Lá, eles encontram o ex-policial, que está de moto, e seguem até a casa dele, em Vespasiano, onde Eliza é estrangulada até a morte. Bola simula ter esquartejado o corpo da jovem e dado um pedaço do braço aos cachorros. Macarrão e o primo de Bruno voltam para o sítio com o bebê. Os dois e o goleiro se encarregam de atear fogo à mala de roupas, aos documentos e celulares de Eliza. De lá, Bruno e seus amigos vão para Ribeirão das Neves e, depois, ao Rio, para um jogo do time da região, o 100%. No ônibus, o menor relata aos amigos: “Eliza já era”.

Dia 24 – A Delegacia de Homicídios de Contagem recebe a denúncia de que uma jovem teria sido espancada até a morte no sítio de Bruno, e começa a vigiar o local. Dois dias depois, Bruninho é encontrado em uma casa no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, com uma conhecida de Dayanne. Responsável pela investigação, a delegada Alessandra Wilke afirma que Eliza está morta e que Bruno é o principal suspeito. Após um treino do Flamengo no Rio, o goleiro se diz surpreso, diz que não vê Eliza há mais de três meses e ironiza: “Ainda vou rir disso tudo”.

Julho – No dia 6, Jorge Luiz, é levado por um tio para a Delegacia de Homicídios do Rio, onde dá detalhes sobre o sequestro e assassinato de Eliza. É levado, então, a Minas Gerais, onde ajuda a polícia a chegar à casa de Bola. Na porta da casa, apavorado, o jovem urina nas calças. Um dia depois, Bruno e Macarrão têm a prisão decretada e se apresentam à Polícia Civil, no Rio. Eles são transferidos para o presídio de Bangu. No fim da noite, são levados para BH, a pedido da polícia mineira, que obtém ainda as prisões preventivas contra outros sete suspeitos. No dia 29, é concluído o inquérito sobre o desaparecimento de Eliza – que a polícia considera morta. Bruno e os demais são indiciados.

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Novembro – Começam os interrogatórios dos envolvidos. Bruno nega que Eliza tenha sido sequestrada. Dayanne afirma que a intenção era matar Bruninho e que o menino só se salvou porque ficou aos cuidados dela. Fernanda confirma o cárcere e lembra que Eliza estava ferida. 2011 Abril – Um presidiário denuncia Bola, afirmando que ele tinha um plano para matar a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, o delegado Edson Moreira, o advogado José Arteiro e o deputado federal Durval Ângelo.

Julho – Outra juíza, de Esmeraldas, é afastada após denúncia de cobrança de propina para conseguir libertação do goleiro. 2012 Março – Pela primeira vez, advogados de Bruno afirmam que Eliza está morta e colocam a culpa em Macarrão.

Julho – Veja publica com exclusividade uma carta de Bruno para Macarrão, pedindo que o amigo assuma o crime. O texto diz: “…A melhor forma de resolver isso é usando o plano B (…) fui e sempre serei homem com você! E como um dia nós conversamos a respeito, e você disse para mim que se precisasse ficaria aqui e que era pra mim (sic) nunca te abandonar. Então, irmão, chegou a hora”. A defesa do goleiro diz que os dois tinham um relacionamento amoroso.

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Julho – A Justiça determina que Bruno é pai do filho de Eliza.

Agosto – O primo de Bruno Sérgio Rosa Sales é assassinado em BH. Para a polícia, o crime é passional. O matador, um traficante da região, se apresenta e assume a autoria à polícia, com medo da repercussão.

Setembro – O primo adolescente do goleiro é solto, após cumprir dois anos de medida sócioeducativa e é acolhido em um programa de proteção ao adolescente vítima de ameaça de morte (PPCam). Em entrevista a VEJA, a mãe do rapaz, Simone Lisboa, admite que o filho está apavorado: “Não vou pagar para ver. Isso de crime passional, mãe, não sei se é verdade. Pode ser outra coisa e não posso colocar minha vida em risco”, teria dito ele, em referência à morte de Sérgio Rosa Sales.

Novembro – No dia 19, começa o júri popular de Bruno e mais quatro suspeitos: Macarrão, Bola, Fernanda e Dayanne.

Confira os principais momentos do julgamento no Tema em Foco: Caso Bruno

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