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Cresce área plantada com soja no bioma Amazônia

Por Da Redação
13 out 2011, 17h39

Por Célia Froufe

Brasília – Praticamente dobrou a área plantada com soja no bioma Amazônia dos Estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia no último ano agrícola, segundo o Grupo de Trabalho da Soja – formado pelo governo, setor privado e da sociedade. Da safra 2009/2010 para a passada, a área de plantio do grão subiu de 6,3 mil hectares para 11,7 mil hectares na região. O monitoramento também foi ampliado no período, passando de 302 mil hectares para 375 mil hectares.

Apesar de considerar um avanço pequeno, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, mostrou descontentamento com a expansão da produção no bioma. “É residual o aumento do desmatamento, mas houve aumento”, disse. Mesmo assim, ela garantiu que o desflorestamento no País está “totalmente controlado”.

A elevação foi atribuída pela ministra ao Mato Grosso e ao Pará. “Nestes dois Estados tivemos picos de desmatamento e isso está associado às discussões sobre o Código Florestal e do equívoco de que levaria a uma anistia”. Avaliação semelhante apresentou o coordenador do Greenpeace, Paulo Adário. Segundo ele, o impasse na apreciação do Código pelo Congresso vem sendo usado como alegação para que produtores não se cadastrem no programa Moratória da Soja.

A Moratória da Soja começou em 2006 e tem o compromisso das indústrias e exportadores de não adquirirem produto de áreas desflorestadas no bioma Amazônia. De acordo com o programa, a área de produção da oleaginosa localizada em desflorestamentos na região desde o início da Moratória corresponde a 0,28% de todo o desmatamento, 0,05% da área de cultivo do grão ou 3,1% do desflorestamento dos municípios produtores de soja.

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O Brasil tem 24,1 milhões de hectares de soja, dos quais 1,94 milhão de hectares estão no bioma Amazônico. Conforme o coordenador do Greenpeace, com a ajuda da tecnologia, é fácil identificar áreas desmatadas. “Difícil é saber quem desmatou: a cara de quem fez isso não sai nas fotos de satélites”.

Hoje, também o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, anunciou que o programa será renovado por mais um ano. “Moratória é uma palavra provisória, mas vamos estender por mais uma safra”, disse. Ele salientou que, além de não comprar, as empresas do setor se comprometem a não financiar plantação de soja em áreas desmatadas. “A soja não é o principal vetor de desmatamento no bioma amazônico”, defendeu.

O principal destino da soja que é plantada fora do acordo é a China, segundo o coordenador de sustentabilidade e meio ambiente da Abiove, Bernardo Pires. “A China é um país que não faz exigências, mas também não concede garantias”, considerou. De acordo com ele, a Abiove e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que também aderiu ao programa, congregam 90% da indústria brasileira.

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