Crackers ampliam ataques aos sites oficiais

Após invasão à página do IBGE – que segue fora do ar – site do Ministério da Cultura sofreu uma tentativa de ataque que provocou instabilidade do sistema

Por Gabriel Castro
24 jun 2011, 13h44

Mãos de um hacker (Oleh Lazaryev/Hemera/Getty Images/VEJA)

Mais uma página na internet do governo federal foi alvo nesta sexta-feira da ação de crackers: o site do Ministério da Cultura (MinC). A assessoria de imprensa do órgão confirmou que o site recebeu entre as 7 horas e as 7h15 um volume anormal de acessos. A sobrecarga causou instabilidade na página e, por alguns minutos, a tirou do ar.

De acordo com o ministério, o ataque partiu de apenas um IP (número que identifica o usuário de internet). O órgão não confirma que o problema tenha sido causado pela ação de crackers, como são chamados os hackers criminosos, mas garante que não houve violação de dados do site. A situação foi estabilizada em poucos minutos.

O problema ocorre em meio a um ataque massivo de crackers contra páginas do governo brasileiro. Pela manhã, o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi derrubado por um grupo autointitulado “nacionalista”. Os invasores postaram uma mensagem na qual tentaram justificar a ação: “Este mês, o governo vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell. Entendam tais ataques como forma de protesto de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor. Tenha orgulho de ser brasileiro, ame o seu país, só assim poderemos crescer e evoluir!”

Desde quarta-feira, sofreram ataques os portais da Presidência da República, do Senado e do Ministério do Esporte. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) diz que os endereços eletrônicos controlados pela Presidência funcionam normalmente nesta sexta.