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CPMI vota convocação de Meire Poza em setembro

A VEJA, ela detalhou as relações do doleiro com parlamentares e empreiteiras que mantém contratos com o governo federal

Por Gabriel Castro, de Brasília
20 ago 2014, 19h58

A CPMI da Petrobras deve votar no dia 3 de setembro a convocação de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef. Ela revelou a VEJA detalhes da operação do antigo chefe, que operava um esquema bilionário de lavagem de dinheiro com ramificações em empresas públicas, empreiteiras contratadas pelo governo e gabinetes parlamentares.

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Na condição de testemunha convocada, a contadora não poderá se recusar a comparecer, caso os requerimentos sejam aprovados. Meire Poza já esteve no Conselho de Ética da Câmara, onde falou sobre a relação do deputado Luiz Argôlo (SD-BA) com o doleiro. Ela confirmou que Youssef fez pagamentos ao parlamentar.

Nesta quarta-feira, a CPMI da Petrobras ouviu mais dois depoentes: o diretor jurídico internacional da empresa, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, e o gerente de Segurança Empresarial da companhia, Pedro Aramis de Lima Arruda.

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Andrade disse que a cláusula Put Option, que causou prejuízo à Petrobras na compra da refinaria de Pasadena, é “comum” em negócios do tipo. Mas se esquivou quando foi questionado a respeito da importância de duas cláusulas – essa e a Merlin – que foram omitidas do resumo apresentado ao Conselho Deliberativo da estatal. A omissão abriu caminho para operações desastradas que causaram um prejuízo de pelo menos 790 milhões de dólares à empresa.

“É muito difícil fazer juízo de valor”, disse Andrade. “Eu não posso, como advogado, julgar o que a minha área cliente deve ou não deve incluir no resumo”, afirmou. O diretor afirmou também que a área jurídica não analisava a viabilidade de um negócio: “Não, de forma nenhuma. Nós não podemos emitir juízo de valor sobre uma operação comercial”.

O gerente de Segurança Empresarial também foi evasivo. Disse que a investigação interna da empresa não identificou o pagamento de propina a funcionários por parte da holandesa SBM Offshore. O relator, Marco Maia (PT-RS), perguntou se não restaram ao menos dúvidas das irregularidades. “Essa pergunta eu não posso responder”, disse o gerente. Arruda também afirmou que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da companhia que foi preso por suspeitas de corrupção, “tinha um comportamento normal”.

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