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CPI troca convocação de Gurgel por pedido de informações

Proposta partiu do relator da comissão. Prazo de resposta é de cinco dias. Decisão não encerra debate sobre ida de procurador ao Congresso

Por Gabriel Castro e Laryssa Borges
15 Maio 2012, 17h12

A CPI do Cachoeira decidiu trocar os requerimentos de convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por um pedido de informações por escrito. A proposta conciliatória, aprovada nesta terça-feira, foi apresentada pelo relator da comissão, o deputado Odair Cunha (PT-MG).

A decisão evita a desgastante discussão sobre a convocação de Gurgel e de sua mulher, a subprocuradora Cláudia Sampaio, mas não impede que a CPI volte a solicitar o comparecimento da dupla no futuro. Eles são criticados pela paralisia da Operação Vegas, que ainda em 2009 flagrou a atuação da quadrilha de Carlinhos Cachoeira.

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O requerimento aprovado pede informações a respeito de datas e das providências tomadas à época pelos representantes da Procuradoria-Geral da República. “Não estamos investigando em nenhum momento a conduta dos integrantes do Ministério Público Federal”, afirmou Odair Cunha. “Estamos pedindo a colaboração do Ministério Público nessa investigação”. O procurador terá cinco dias para responder.

Debate – O senador Fernando Collor (PTB-AL), que queria a convocação, atacou Gurgel: “Ele está com algum problema, que não quer enfrentar a CPI. Eu absolutamente não concordo com o requerimento aprovado”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também criticou Gurgel, mas defendeu que, antes de aprovar a convocação do procurador, a CPI aguarde a resposta ao pedido de informações. “A postura de Roberto Gurgel e Cláudia Sampaio foi desrespeitosa com os parlamentares e o Congresso”. Já o deputado Vieira da Cunha apontou o desvio de foco na atuação da comissão. “Onde é que nós estamos?”, perguntou. “Nosso alvo é a Procuradoria-Geral da República ou uma quadrilha que assaltava os cofres públicos?”.

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Mais cedo, a CPI aprovou uma nova convocação do contraventor Carlinhos Cachoeira. O depoimento foi marcado para a próxima terça-feira. Antes disso, os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito haviam liberado à defesa do acusado o acesso aos autos das operações Vegas e Monte Carlo. Dessa forma, a CPI tenta evitar mais um adiamento da oitiva do bicheiro.

A Procuradoria-Geral da República afirmou ao site de VEJA que, como o pedido de informações diz respeito a fatos do passado, Gurgel poderá responder as perguntas da CPI sem se tornar impedido de atuar no caso Cachoeira. Anteriormente, o procurador havia afirmado que não iria à comissão porque sua função o impede de comentar investigações em andamento.

Agenda – A CPI também agendou para quinta-feira a votação de mais requerimentos, inclusive os que pedem a quebra do sigilo fiscal e bancário das empresas ligadas ao grupo de Carlinhos Cachoeira. Já o depoimento dos procuradores Léa Batista de Oliveira e Daniel de Rezende Salgado, que havia sido adiado na semana passada, deve ocorrer apenas no mês que vem.

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