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Corrupção em Campinas chega ao setor imobiliário

Ministério Público vai investigar cobrança de propina para aprovação de projetos; denunciados, primeira-dama e vice-prefeito continuam foragidos

Por André Vargas
13 jun 2011, 21h48

A investigação sobre o esquema de corrupção que funcionava dentro da prefeitura de Campinas aponta para novas áreas da administração pública. Promotores do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) agora voltam suas atenções sobre o setor imobiliário. Denúncias até mais antigas que aquelas que levaram ao pedido de prisão temporária, decretado na última quinta-feira, da primeira-dama e chefe de gabinete da prefeitura, Rosely Nassim dos Santos, e do vice-prefeito, Demétrio Vilarga (PT), agora recebem uma atenção maior.

Segundo o promotor José Cláudio Tadeu Baglio, corre sob sigilo a apuração sobre um esquema de cobrança de propinas para a liberação de loteamentos e aprovação de projetos imobiliários. Há mais de meia dúzia de denúncias envolvendo gestores públicos de diferentes níveis. A ação dos corruptores estaria baseada na criação de dificuldades para a venda de facilidades. Qualquer tentativa era direcionada para os “vendedores”. Não haveria preferência por áreas específicas. “Eles agiram em regiões nobres, no centro e na periferia”, comentou o promotor Baglio.

Na segunda-feira, a promotoria informou que contratos de publicidade da prefeitura também serão investigados. Os envolvidos têm ligações com o governo federal. Ainda que não façam parte do esquema que funcionava em torno dos contratos da empresa de águas e saneamento, a Sanasa, de tanto seus nomes serem citados indiretamente, suspeitas surgiram. O publicitário Dudu Godoy, marqueteiro de Lula em 1998, e os empresários de comunicação Giovane Favieri e Armando Peralta Barbosa terão os contratos examinados. Por enquanto, não há previsão para que eles sejam convocados a prestar depoimento.

Primeira-dama – Enquanto as novas apurações seguem, a denúncia criminal proposta pelo MP contra a primeira-dama, o vice-prefeito e mais cinco suspeitos espera a apreciação na 3ª Vara Criminal de Campinas. “Vamos primeiro esperar para que sejam esgotadas todas as tentativas de localização dos envolvidos”, explicou o juiz Nelson Augusto Bernardes. Casada com o prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), Rosely foi denunciada por formação de quadrilha, fraude licitatória e corrupção passiva. Ela ainda está foragida, assim como o vice-prefeito, Demétrio Vilarga e outras três pessoas.

O advogado do vice-prefeito, Ralf Tórtima Stettinger, afirmou que não fala com seu cliente há dias, mas que deve encontrá-lo assim que for julgado, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o mérito do habeas corpus que pede a suspensão de sua prisão. “Parece que meu cliente anda não tem planos para se apresentar”, disse.

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