Corregedoria investiga ação policial em tiroteio no RJ
É a segunda vez em uma semana que operação da tropa de elite da Polícia Civil fluminense em favelas é questionada após o vazamento de vídeos
Um dia depois da divulgação de imagens de policiais civis cariocas em uma controversa ação na Favela do Rola, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, determinou a instauração de uma sindicância disciplinar para apurar o caso. Nas imagens obtidas pelo jornal Extra, policiais que estão em um helicóptero e traficantes escondidos em um bar trocam tiros por seis minutos. Quando os disparos cessam, o helicóptero desce, e policiais veem três corpos.
Apesar de constatar que os bandidos estão mortos e comemorar, os policiais dizem que vão socorrer os feridos. Próximo dali, policiais encontram um homem morto, desarmado, e carregam o corpo até o bar, por setenta metros. As imagens, de 16 de agosto de 2012, foram gravadas por câmeras instaladas no próprio helicóptero e no capacete de um dos policiais.
É a segunda vez em uma semana que uma operação em favelas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil fluminense, é questionada após o vazamento de vídeos.
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No dia 5 de maio, o Fantástico, da TV Globo, exibiu imagens da ação na Favela da Coreia que resultou na morte do traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático. O vídeo mostra agentes da Core, em um helicóptero, atirando no carro onde Pereira estava, embora pessoas e prédios estivessem na linha de tiro.
Resistência – Na Favela do Rola, a morte dos bandidos foi registrada pela Polícia Civil como auto de resistência – quando policiais matam em confronto. Agora, Martha Rocha quer saber se a portaria 553/2011 – que proíbe a alteração da cena do crime em caso de autos de resistência – foi desrespeitada. “Ficará a cargo da Corregedoria a manifestação quanto à necessidade do afastamento dos envolvidos de suas funções durante a apuração”, diz nota divulgada.
(Com Estadão Conteúdo)