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Peças de helicóptero que caiu e matou filho de Alckmin estavam desconectadas

Aeronáutica diz que dispositivos eram 'fundamentais para controle de voo' e que danos nas pás, rotor e motores foram consequências da queda – não a causa

Por Da Redação
3 jun 2015, 08h07

A Aeronáutica informou que dois controles fundamentais do helicóptero que caiu e matou cinco tripulantes no dia 2 de abril, entre eles Thomaz Alckmin, filho caçula do governador Geraldo Alckmin (PSDB), estavam desconectados durante o voo. A aeronave PP-LLS havia passado por uma manutenção no pátio da Helipark e caiu em Carapicuíba (SP) logo após decolar para testes.

Em nota divulgada nesta terça-feira, a Força Aérea afirmou que os “controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck), dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave, estavam desconectados antes da decolagem e permaneceram assim durante todo o voo e a queda”. A informação foi detectada pela análise dos destroços.

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Segundo Aeronáutica, os danos encontrados nos motores, de transmissão principal e de cauda, nas pás do rotor principal e de cauda e nos demais componentes foram consequências do acidente e a causa da queda.

O relatório preliminar da Aeronáutica informa que componentes eletrônicos do PP-LLS ainda estão em análise e que, por enquanto, não é possível determinar todas as causas do acidente. Além disso, segundo a Aeronáutica, as evidências encontradas mostram que o comandante Carlos Esquerdo, uma das vítimas, pilotou o helicóptero durante todo o período do voo. O filho do governador, também piloto profissional de aeronaves diferentes, estaria na posição de copiloto, que permite o controle da aeronave.

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Crítica – A empresa de manutenção Helipark levantou dúvidas sobre o relatório da Aeronáutica. Em nota, a Helipark afirmou que “causa estranheza” a Força Aérea Brasileira (FAB) fazer afirmações sobre o acidente antes de concluir a investigação. A empresa questionou: “se os controles flexíveis e alavancas são fundamentais, como afirmar que o helicóptero decolou e voou mesmo com os componentes desconectados?”. A Helipark diz que o reparo nas pás é de responsabilidade da Helibras (fabricante do modelo) e que, pelas regras de voo, Thomaz Alckmin não poderia estar no helicóptero.

A Helibras disse que é “a maior interessada no esclarecimento das causas do acidente”, mas que, “por questões éticas e legais”, não se manifestaria porque a investigação não é conclusiva. A empresa dona do helicóptero, Seripatri, disse que não se manifestaria.

O conselheiro da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) Rodrigo Duarte disse que seria praticamente impossível a aeronave ter levantado voo sem as duas peças descritas como fundamentais pela FAB. “É uma condição realmente muito complexa de voo. Você tem tudo bem montado e harmonicamente balanceado e, se tira qualquer um dos componentes que fazem parte desse conjunto, o helicóptero simplesmente perde o equilíbrio. É como um carro com a barra de direção quebrada.”

(Da redação)

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