A construtora Alimonti admitiu nesta sexta-feira ter procurado o Ministério Público de São Paulo após o estouro do escândalo que desviou 500 milhões de reais do recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) da prefeitura de São Paulo. O advogado José Luis de Oliveira Lima, que representa a empresa, disse ao site de Veja que a “Alimonti procurou o MP para obter os esclarecimentos devidos”.
O advogado, entretanto, não informou o conteúdo do que foi tratado porque o caso corre em sigilo.
Na semana passada, a incorporadora Brookfield afirmou ter pago 4 milhões de reais em propina para auditores fiscais em troca de agilidade na liberação de seus empreendimentos imobiliários. Em depoimento ao Ministério Público Estadual, o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, que assinou uma delação premiada, citou cinco construtoras que teriam participado do esquema – Alimonti, Brookfield, Trisul, BKO e Tarjab.
Em nota, Trisul, BKO e Tarjab afirmaram que não procuraram o Ministério Público nem foram procuradas sobre as denúncias. Disseram que souberam das notícias por meio da imprensa e que só se manifestarão quando forem notificadas das apurações.
Na última segunda, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que iria intimar ao menos quinze construtoras para esclarecer o suposto envolvimento com os fiscais acusados. O MP mapeou 652 empreendimentos que podem ter sido entregues após fraudes no ISS. A lista foi elaborada com empreendimentos inaugurados nos últimos três anos, que foram fiscalizados pelos quatro auditores presos: Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Horle Barcellos, Carlos di Lallo Leite do Amaral e Magalhães – já libertado.
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